sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

14.02.2015

São 4 horas da manhã...acordei às 3. Todos os dias tem sido assim: um dos remédios está provocando arritmia e acordo me sentindo mal. Fico me revirando na cama e pensando. Então resolvi escrever e não pensar sem propósito algum. 
Estou, aos poucos, me acostumando aos remédios. O melhor de todos são para a tireoide que tomo de manhã. Estou bem mais ativa e quase sem crises de ansiedade. Tenho feito mais coisas e sinto menos fadiga. Aprendi a "driblar" a forte dor de cabeça que o remédio para os rins estava causando. Percebi que se comer alguma coisa no almoço e tomar o remédio e depois comer mais um pouco, a dor de cabeça não aparece. O único problema é o remédio da noite para o colesterol. Acordo de madrugada com forte taquicardia (porém sem crise de ansiedade), dor na nuca e não consigo dormir mais. Normalmente tento ficar deitada (tenho levantado bem cedo) para o corpo descansar. Mas hoje resolvi escrever, pois os pensamentos negativos estavam aflorando e não desejo isso. Também, aos poucos, o apetite está voltando e estou desinchando. Estou comendo aos poucos, principalmente danoninho e papinha para bebes. Parece que não é nada, mas já estou conseguindo comer mais no almoço. E para melhorar, ontem peguei os óculos e estou maravilhada com a diferença. Agora uso um deles para leitura e computador, sem forçar a vista. Com todas essas melhoras voltei a ficar mais participativa na comunidade em geral e fico contente por isso.
Ontem chorei muito por causa da minha filha. Ela tem um problema no joelho e talvez precise operar. Como ela está forçando muito a perna (andando demais), esses dias está com forte dor e ontem me ligou chorando. Ela já teve que desistir da Faculdade de Dança por causa do joelho. Fiquei frustrada de não poder estar com ela...de cuidar dela...fazer carinho. Mãe é mãe!!! À noite, chorei de saudade e de preocupação. Desde que ela saiu de casa é a primeira vez que tenho esse tipo de sentimento. Por um lado deixei bem claro que essa casa era dela também e que ela não precisa provar nada a ninguém...pois já é uma vitoriosa. E por outro lado, como sempre criei os meus filhos para o mundo e para que eles fossem o que são por opção e não por falta de, sei que preciso ser mais dura...tentar anima-la, já que essa escolha partiu dela. Não quero ela desistindo perante dificuldades. Como é difícil ficar dividida entre os sentimentos!!! Meu ex marido chega amanhã para o feriado e vai ficar quatro dias. Então ela vai ficar sozinha, já que tem que trabalhar. Bem...o meu coração está pequeno...apertado. E, ao mesmo tempo sei que preciso dar os conselhos certos para que ela progrida na sua evolução como pessoa. Mas que é duro, é.
Estou muito ansiosa com a entrevista que deve sair brevemente no programa da TV. Durante as duas últimas semanas o tema foi estupro e agora deve passar para o abuso sexual. Quando digo abuso sexual, o mesmo envolve molestamento...pedofilia...abuso...estupro e forte violência psicológica. É diferente do estupro comum, que geralmente ocorre uma única vez, seguido ou não de tortura e morte. Mas não é menos cruel. Ninguém pede por isso e ninguém merece passar por essa situação. E muito menos vivenciar as consequências que esses tipos de violência provocam...Não é fácil, principalmente quando envolve gravidez indesejada ou doenças ou morte. Mas o que fazer...como lutar? Criar leis não adianta, pois não passam do papel. Além disso, o abuso sexual infrafamiliar na maioria das vezes não é divulgado pela família. Então, só nos resta a união das vítimas e ajudarmos uns aos outros trocando experiências e pequenas vitórias.
B.A

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