Por causa de um AVC que sofri e por doença do meu filho estou um tanto afastada...Porém estou me cuidando e logo retornarei com mais força.
B.A
quinta-feira, 22 de junho de 2017
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
23.02.2017
Aos poucos, vou vencendo a crise de ansiedade. Não está sendo fácil, mas não estou deixando de lutar. E também de lutar pelo meu filho, que não está nada bem nem fisicamente e nem emocionalmente. E, apesar de saber que pouco posso fazer, amo meu filho incondicionalmente e tentarei sempre ficar ao seu lado. Bem devagar vou saindo dessa crise, o importante é sair. Estou feliz porque amanhã vem a minha filha e o meu marido. Ficarão cinco dias...são cinco dias de grande apoio para mim. Estou tão melhor que tenho me cuidado mais. Forço-me a comer, tento não ficar tensa quando não consigo dormir ou estou tendo algum problema (físico \ emocional). Cortei o cabelo e tirei os fios brancos. Tenho cuidado da minha postura. Tento me valorizar mais como pessoa e como mulher. Sei que aos poucos vou conseguir. A esperança é grande!!! Também sei que a minha aparência está boa. Tenho notado os olhares dos homens, sua paquera. Quando ando ainda olho para o chão. Mas, aos poucos, estou aprendendo a erguer a cabeça. Sei que não aparento os meus quase 50 anos e fico pasma ao ver quantos homens bem mais novos ficam me paquerando...sorrindo para mim. Não consigo devolver o sorriso, mas sinto um calor dentro do peito...faz super bem para a auto estima. Estou mais confiante em mim mesma e, se der tudo certo, vou conseguir sair dessa vida de inércia. Percebi que quanto mais me cobro, mais ansiedade sinto. Estou aprendendo a aceitar os meus limites sem me depreciar como fazia antes. O que eu não quero é nunca mais chegar ao ponto que cheguei no final do ano passado. E mesmo com tantos problemas, continuo mantendo a fé e a esperança.
B.A
B.A
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
09.02.2017
Com o texto abaixo, encerrei a Comunidade "Filhas do Silencio"...menos esse blog, pois continuarei escrevendo e mostrando o preconceito que ainda sofro por ter falado e a ignorância de certas pessoas. Fiquei sabendo que por não aprovar esse blog é que a minha irmã me trata com tanta ignorância nojenta. Pura covardia para quem também passou pelo abuso sexual...Isso me custou o fato de saber de sua gravidez e de que vou ter uma sobrinha. Uma lástima para mim!!! Mas aprendi que não precisamos ver...estar por perto...ou tocar para AMAR. E eu já amo minha sobrinha de todo o coração e sempre mando muitas vibrações de luz e harmonia a ela e para minha irmã. É como eu sempre escrevi e afirmo: quem não gosta...não concorda com o blog que não fique lendo...
O ano de 2016 foi extremamente difícil em todos os sentidos. Relacionamentos, saúde, dinheiro, meu filho. Mas já passou e tenho que caminhar em frente e sem olhar para trás. Durante 3 meses (bem na Olimpíada) pela primeira vez tive Síndrome de Pânico. Não saía...não atendia o telefone e nem a porta. Foi um horror. Não comia e nem dormia e o pouco que dormia era sempre com luz acesa. Semana passada recomeçou, mas fiz muita força para não decair e, aos poucos, estou conseguindo superar. Não está sendo fácil, porém procuro sempre ter fé e esperança. Só preciso vencer essa forte crise de ansiedade. Por causa dela, em um ano, eu perdi 28 quilos sem mudar os meus hábitos alimentares.
O pior e mais triste de tudo é que quase me matei. Dizem que quem quer se suicidar não comenta e nem pede ajuda. Pela minha experiência na comunidade, as 3 pessoas que cometeram esse ato pediram ajuda e tentaram ser ajudadas. Eu comentei com a minha mãe e ouvi dela exatamente isso. Comentei também com o meu marido e ele tomou todas as providencias para que eu não consumisse o fato. Eu já tinha até escrito um monte de cartas...bilhetes. Mas com o apoio do meu marido e dos meus filhos...com tanto carinho dos três, consegui vencer essa fase e não penso mais em morrer. Sempre serei muito grata a eles, pois além de tudo, eles renovaram as minhas esperanças. Agora é viver um dia por vez. Tenho muitas coisas para contar, mas no momento minhas mãos tremem muito (por causa da ansiedade) e vou deixar para a próxima postagem.
B.A
O ano de 2016 foi extremamente difícil em todos os sentidos. Relacionamentos, saúde, dinheiro, meu filho. Mas já passou e tenho que caminhar em frente e sem olhar para trás. Durante 3 meses (bem na Olimpíada) pela primeira vez tive Síndrome de Pânico. Não saía...não atendia o telefone e nem a porta. Foi um horror. Não comia e nem dormia e o pouco que dormia era sempre com luz acesa. Semana passada recomeçou, mas fiz muita força para não decair e, aos poucos, estou conseguindo superar. Não está sendo fácil, porém procuro sempre ter fé e esperança. Só preciso vencer essa forte crise de ansiedade. Por causa dela, em um ano, eu perdi 28 quilos sem mudar os meus hábitos alimentares.
O pior e mais triste de tudo é que quase me matei. Dizem que quem quer se suicidar não comenta e nem pede ajuda. Pela minha experiência na comunidade, as 3 pessoas que cometeram esse ato pediram ajuda e tentaram ser ajudadas. Eu comentei com a minha mãe e ouvi dela exatamente isso. Comentei também com o meu marido e ele tomou todas as providencias para que eu não consumisse o fato. Eu já tinha até escrito um monte de cartas...bilhetes. Mas com o apoio do meu marido e dos meus filhos...com tanto carinho dos três, consegui vencer essa fase e não penso mais em morrer. Sempre serei muito grata a eles, pois além de tudo, eles renovaram as minhas esperanças. Agora é viver um dia por vez. Tenho muitas coisas para contar, mas no momento minhas mãos tremem muito (por causa da ansiedade) e vou deixar para a próxima postagem.
B.A
TEXTO RETIRADO DO LIVRO "UM MOTIVO PARA VIVER" MOSTRANDO COMO O ABUSO SEXUAL É VISTO ESPIRITUALMENTE.
PELO ESPÍRITO SCHELLIDA
PSICOGRAFADO POR ELIANA MACHADO COELHO
"Os casos de violência sexual contra as mulheres, crianças e adolescentes tomam vulto e propagam-se no momento acalorado da descoberta, mas poucos acompanham o desespero e as condições precárias dos sentimentos feridos dessas vítimas que custam a se recompor e quando o fazem é com indescritível dificuldade. O estupro, por ser um assunto delicado tendo em vista o grau de intimidade, não é comentado. Todas as vítimas de furto se anunciam, elas têm coragem de dizer: eu fui furtada; todas as que padecem de agressão física se anunciam; as que são afligidas pelo estelionato não têm muita vergonha de se revelarem. Entretanto se essas trazem em si um trauma, um ressentimento, ou até pânico pelo que sofreram, imaginem a que sofre uma violência sexual. Inúmeros crimes existem cuja vítima se revela e comenta o ocorrido, mas a do estupro se cala, silencia, carregando dentro de si os mais dolorosos sentimentos, as mais tristes lembranças de um ato tão cruel. Pela sutileza do assunto, aqueles que com ela convivem o querem esquecer, não podem falar e, em alguns extremos, chegam a abandonar aquela criatura que carece de amor, respeito, compreensão e paciência.
A pessoa molestada se constrange, se isola, se condena, se desgasta na lembrança do experimento doloroso, no qual sofreu pela delinquência do outro. Flagelada na humilhação que pela delicadeza do fato envergonha-se de comentar, essa criatura se aflige em conflitos íntimos e secretos. Poucos são aqueles que, companheiros, amigos ou parentes, se dedicam e se dispõem a amar, compreender, acalentar e procurar a ajuda que pode trazer o equilíbrio e a renovação. Em uma comunhão mais profunda de sentimentos elevados, pode haver aquele que, como amigo fiel, entende e auxilia sempre a recomposição estruturada no equilíbrio de uma alma querida. Sem egoísmo, apenas o sábio amor desvelado compreende e se doa, sem exigir, recompondo a alegria e a paz, auxiliando a elevação, orientando ao trabalho no bem, tarefa útil e caridosa, que transformará e equilibrará produtivamente aquele que deseja e quer se desprender os lastros que arrasta com tristeza e dor.
A respeito do sexo, podemos dizer que o ser humano ainda necessita de muita orientação, educação e controle. A pretexto do prazer compulsivo, existem criaturas desequilibradas que se manifestam na imposição sexual a outros, violentando-lhe, não só o corpo, mas também a alma, os sentimentos e as emoções. O ato de violência sexual rouba de sua vítima a tranquilidade, o alicerce no equilíbrio, na fé, na alegria, tirando-lhe o encanto e o sonho criador. Dificilmente elas conseguem obter novamente a confiança nos outros, a afetividade no contato e voltar a compartilhar emoções no campo de relacionamento íntimo. Poucos imaginam ou conseguem compreender o drama que se passa na mente de alguém que sofreu tal violência. Essa criatura necessita de amparo e carinho para trocar os conceitos violentos que tivera, por confiança e afeto, e isso pode levar um longo tempo, conforme o caso. O auxílio e a paciência da família é fundamental e de grande valor. O afeto e a ternura generosa recebida da família geram força e incentivo para prosseguir."
PELO ESPÍRITO SCHELLIDA
PSICOGRAFADO POR ELIANA MACHADO COELHO
"Os casos de violência sexual contra as mulheres, crianças e adolescentes tomam vulto e propagam-se no momento acalorado da descoberta, mas poucos acompanham o desespero e as condições precárias dos sentimentos feridos dessas vítimas que custam a se recompor e quando o fazem é com indescritível dificuldade. O estupro, por ser um assunto delicado tendo em vista o grau de intimidade, não é comentado. Todas as vítimas de furto se anunciam, elas têm coragem de dizer: eu fui furtada; todas as que padecem de agressão física se anunciam; as que são afligidas pelo estelionato não têm muita vergonha de se revelarem. Entretanto se essas trazem em si um trauma, um ressentimento, ou até pânico pelo que sofreram, imaginem a que sofre uma violência sexual. Inúmeros crimes existem cuja vítima se revela e comenta o ocorrido, mas a do estupro se cala, silencia, carregando dentro de si os mais dolorosos sentimentos, as mais tristes lembranças de um ato tão cruel. Pela sutileza do assunto, aqueles que com ela convivem o querem esquecer, não podem falar e, em alguns extremos, chegam a abandonar aquela criatura que carece de amor, respeito, compreensão e paciência.
A pessoa molestada se constrange, se isola, se condena, se desgasta na lembrança do experimento doloroso, no qual sofreu pela delinquência do outro. Flagelada na humilhação que pela delicadeza do fato envergonha-se de comentar, essa criatura se aflige em conflitos íntimos e secretos. Poucos são aqueles que, companheiros, amigos ou parentes, se dedicam e se dispõem a amar, compreender, acalentar e procurar a ajuda que pode trazer o equilíbrio e a renovação. Em uma comunhão mais profunda de sentimentos elevados, pode haver aquele que, como amigo fiel, entende e auxilia sempre a recomposição estruturada no equilíbrio de uma alma querida. Sem egoísmo, apenas o sábio amor desvelado compreende e se doa, sem exigir, recompondo a alegria e a paz, auxiliando a elevação, orientando ao trabalho no bem, tarefa útil e caridosa, que transformará e equilibrará produtivamente aquele que deseja e quer se desprender os lastros que arrasta com tristeza e dor.
A respeito do sexo, podemos dizer que o ser humano ainda necessita de muita orientação, educação e controle. A pretexto do prazer compulsivo, existem criaturas desequilibradas que se manifestam na imposição sexual a outros, violentando-lhe, não só o corpo, mas também a alma, os sentimentos e as emoções. O ato de violência sexual rouba de sua vítima a tranquilidade, o alicerce no equilíbrio, na fé, na alegria, tirando-lhe o encanto e o sonho criador. Dificilmente elas conseguem obter novamente a confiança nos outros, a afetividade no contato e voltar a compartilhar emoções no campo de relacionamento íntimo. Poucos imaginam ou conseguem compreender o drama que se passa na mente de alguém que sofreu tal violência. Essa criatura necessita de amparo e carinho para trocar os conceitos violentos que tivera, por confiança e afeto, e isso pode levar um longo tempo, conforme o caso. O auxílio e a paciência da família é fundamental e de grande valor. O afeto e a ternura generosa recebida da família geram força e incentivo para prosseguir."
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