quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31.12.2015

Última postagem do ano. Ainda não estou 100%. Tem dias que estou melhor e outros não. A crise de ansiedade está fortíssima e a dor no peito...coração...e dificuldade para respirar atrapalham muito. Vou trabalhar ao máximo nesse novo ano para tentar sanar isso...já que sei que a maior causa é emocional. Tentar com todas as minhas forças ignorar as agressões verbais do meu marido...minha filha...e principalmente da minha mãe e meu filho.
No dia 23 meu marido e minha filha chegaram para passar os 10 dias aqui. Mal falo com o meu futuro ex marido. A distancia entre a gente é enorme. Ele sempre tenta me criticar...até o ponto em que estouro. É muito desagradável tudo isso. Não tive o clima para a alegria do Natal...aliás, nem nos desejamos um "Feliz Natal". Ele faz de tudo para ser amigo do filho, esquecendo o que ele aprontou. Conversou com ele brandamente e só. E eu é que fique com o resto quando eles forem embora...Mas é meu filho e tenho que ser forte até ele completar 18 anos. Como, eu não sei...mas mantenho sempre a esperança de dias melhores.
Fiquei muito feliz em rever a minha filha e com a sua vitória em ter entrado na melhor faculdade de jornalismo do país. O problema são as mensalidades de 2.000,00. Mas sabemos da capacidade dela e espero que dê tudo certo para ela fazer o curso, já que tem esse dom para escrever. Ela está muito bonita...bem mais magra...e bem mais ativa. Estou muito feliz por e com ela. Após tudo que passou, ela merece sim.
Meu marido ajudou a arrumar uma parte da casa, mas hoje está gripado e desconfio que vai usar a desculpa da gripe até ir embora. De qualquer jeito já ajudou e muito. Queria que a casa estivesse perfeita para a passagem do ano...mas não será possível. Paciência!!! Até mesmo porque não estamos com nenhum ânimo para receber o Ano Novo...
Meu marido continua me privando de dinheiro e como não dei aulas em dezembro e nem irei dar em janeiro estou super preocupada com a situação. Nunca antes passei por um aperto tão grande!!! E acho que é esse o fator da forte crise de ansiedade. Terei de mandar desligar a NET e passar novamente para o TIM pré pago. A ajuda que recebi se foi ao pagar as contas de novembro e dezembro. Fazer o que? Mas vou tentar usar a internet umas duas vezes por semana na casa da minha mãe e o telefone quase fica mudo, então bola pra frente...nada de desanimo pois dias melhores virão. O importante é saber que sou capaz...estou descobrindo essa capacidade...essa força que eu havia esquecido em mim. E quando finalmente essa fase ruim terminar, sei que irei me valorizar mais. Eu sinto isso...sinto uma força ainda latente que está por vir com tudo.
Consegui terminar o ano fazendo 3 coisas importantes: admitindo os meus erros...me desculpando...e fazendo (ou pelo menos tentando) fazer as pazes, principalmente com os meus sentimentos em relação a certas pessoas. Sei que vou começar o 2016 com pouquíssimas pendencias emocionais e isso é muito para mim, pois aos poucos estou perdoando e com isso me respeitando mais.
Já são mais de seis e meia da tarde. Nada está pronto. Tivemos ceia de Natal...mas não vamos preparar quase nada para a passagem. Esse ano não teve decoração aqui em casa e nem compramos champanhe. Se bobear, vou dormir cedo. Só espero que no final do ano que vem as coisas sejam diferentes...mais positivas...mais animadas para mim. A fé e a esperança é que me movem para frente. Sempre.
Ah...estou ruiva, mas um ruivo mais escuro. Aprovadíssimo por todos. Que eu tenha força para aguentar até o fim do dia...
B.A

sábado, 19 de dezembro de 2015

19.12.2015

Final de ano, estou sentindo a solidão de fim de ano que leva tantos ao suicídio. Não quero e nem vou cometer um...mas entendo porque tantos abusados sexualmente e emocionalmente cometem. A falta de carinho...compreensão...solidariedade. O descrédito da família. Quando uma mulher apanha do marido e ficam as marcas, ninguém tem como negar de que foi uma vítima da violência. Mas os abusos sexual e emocional não deixam marcas visíveis e é nessa hora que você percebe o quanto está sozinha. Aqueles "amigos" que pareciam gostar muito de vc...somem. Simplesmente assim. Se sobrevivi até hoje foi graças ao carinho recebido dos amigos virtuais. Não sei o que aconteceu e nem pretendo me culpar por esse sumiço. Não vou "enlouquecer"...vou seguir em diante. Não vou desistir. Um dia de cada vez. Nada melhor que o tempo. Algumas pessoas te machucam...mas vc até tenta entender o porquê. Outras vc não entende a razão e isso é a pior coisa. É como se você tivesse sido usada e jogada fora...não há sensação pior e mais triste. Eu, sempre com o meu jeito quieto e pacato atraí esse tipo de pessoas. Pessoas que acham que vc é fraca e desprotegida. Paciência. O tempo irá demonstrar quem eu sou...que não quero mal a ninguém...e que apenas estou lutando eu mesma para me AMAR...RESPEITAR...E ACEITAR como sou. Não sou e nem me considero uma vítima do destino. Eu fiz isso comigo aceitando as ações dos outros e me calando por anos. Somente quando abri a comunidade é que comecei a receber reforços emocionais. E ao abrir esse diário, meu grande amigo, é que pude de uma maneira racional pensar nos acontecimentos, nos fatos e analisá-los sem pressa e cobrança. Sou culpada...assim como tantos outros que me magoaram através do tempo e produziram consequências nada boas. Mas...acima de tudo...a culpa é minha. Mais uma citação do meu avô: quem sai na chuva é para se molhar. Estou no meio de uma tempestade...enorme turbulência emocional que causa os problemas físicos. Não consigo sair do lugar, porém na verdade estou, aos poucos, tentando tomar uma direção. Não sei se é certa...mas uma coisa eu percebi: estou me RESPEITANDO mais. Agora falta me amar e me aceitar. Aos poucos...sem pressa e com muita paciência para fazer tudo corretamente. Afinal, estou completamente sozinha...doente fisicamente e emocionalmente e sem ninguém para me estender a mão. Ontem eu quis escrever isso...mas a dor de cabeça era tão forte que precisei esperar até hoje. 
Ontem foi um dia bem melhor. Apesar de ter sido acordada às 3 da manhã e só ter ido dormir à meia noite e agora são cinco e pouco da manhã, me senti um pouco melhor. Consegui comer de manhã (um pouco) e fiz comida. Estava boa, pois modéstia a parte, odeio cozinhar. Mas se for...capricho. Uso temperos variados...legumes. A prova disso (e senti-me altamente elogiada) mesmo sem palavras foi que o meu filho comeu 3 pratos e olha...ele tomou um bom café da manhã. Meu filho...minha enorme luta. Altamente egoísta e egocêntrico (fato que ele admite com muito orgulho). Raramente é gentil comigo...muito incessível e grosseiro. Mal fala comigo...só quando quer algo. Essa semana telefonei ao meu psicólogo (minha atual situação econômica não permite pagar uma consulta de 350,00). Eu tenho o telefone da sua casa e conversamos um pouco. Foi bom. Ele disse que não posso mais aceitar certas coisas de ninguém, pois a única prejudicada sou eu. Pediu para eu não deixar de escrever aqui...pelo contrário...aumentar as postagens e a digestão dos sentimentos. E disse uma outra coisa: que até o final do ano eu preciso colocar um ponto final em muitas pessoas e que devo fazer isso para começar a me sentir mais aliviada e em paz. Disse que não mereço passar por toda essa agonia...mesmo cometendo erros...mas quem não os comete??? Vou seguir o seu conselho...
Ontem permaneci em casa. Tinha dormido pouco e o calor estava exuberante. Não consegui sair. Hoje meu filho vai para casa da minha mãe e vai dormir lá. Então vou aproveitar e descansar hoje também, pois para amanhã planejei arrumar o meu quarto. E na segunda, se Deus quiser, vou finalmente sair de casa...pagar as contas e comprar algumas coisas para colocar na geladeira. O bom é que não estou me cobrando. Não consigo e pronto!!! Pois sei que quando é a hora certa eu CONSIGO...!!!
Aproveitei que ontem acordei de madrugada e resolvi várias coisas no face. Fechei o perfil da Bya e tirei cerca de 15 pessoas do perfil pessoal. E vou tirar mais. Postei...curti...arrumei os meus álbuns...minha bela coleção virtual. Hoje pretendo, daqui a pouco, descansar mais e depois deixar o dia "me levar". Ontem consegui segurar a crise de ansiedade e não tomei Rivotril. Só que agora precisei tomar um por causa da taquicardia...não pela ansiedade. Tenho muito medo de passar mal novamente sozinha como estou...
Vi que tenho uma seguidora agora nesse blog. Achei que quando minha filha abriu o mesmo, tinha pedido a opção sem seguidores. Não que me importe...mas a quem pode interessar os desabafos e os desatinos de uma mulher de 48 anos...sem perspectivas e sem esperanças? Sei que esse blog já ajudou a várias pessoas e se isso a ajudar...seja bem vinda. Estou feliz que finalmente o número de visualizações diminuiu...pois assim fico mais à vontade nesse meu espaço. Até o final do mês vou tentar acabar com certas coisas (emoções...relacionamento com as pessoas) e tentar novas oportunidades e reconstruir ou buscar novos relacionamentos. ESSE ANO FOI MUITO RUIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Muito mesmo!!! Fiquei altamente doente fisicamente e emocionalmente. Fui muito machucada por certas pessoas (minha mãe e meu marido estão na lista...). Mas há uma coisa que já dura décadas (é claro que sei que é coincidência...porém uma boa coincidência). Todos os anos ímpares fora péssimos e os pares bem melhores e com bons acontecimentos. E é com essa esperança que 
vou aguardar a chegada de 2016.
B.A

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

17.12.2015

Ainda não estou 100% e isso significa estar deitada...não fiz compras...não paguei nenhuma conta desse mês...não cortei e nem pintei o cabelo. Continuo dormindo muito pouco, a ponto da vista ficar doendo ao ver TV. E sempre com sonhos super realistas...como se eu estivesse vivido dias dentro deles e, na verdade, na maioria das vezes nem se passaram 50 minutos. Isso acaba gerando muita tensão e ansiedade. Não estou conseguindo comer...a ponto de vomitar sangue e muco...e nem consigo escovar os dentes direito por causa da enorme náusea. Ontem nem entrei na net...só para dar os parabéns. Hoje e anteontem consegui curtir as postagens da maioria dos amigos do face no perfil pessoal. Estou fechando o perfil da Bya. Não estou dando conta e além do mais, as postagens referentes ao abuso sexual podem ser vistas na página "Filhas do Silencio". Na Bya pouquíssimas pessoas curtem as postagens, mesmo tendo quase 3 mil amigos. No perfil pessoal tenho 217 e as curtidas são bem mais. Também já fechei o Blog de Depoimentos. O engraçado é que passei a grande maioria do pessoal da comunidade do perfil pessoal para o da Bya e nem eles curtem. Vou perder a grande maioria das pessoas da comunidade...mas não lamento. Fico somente triste em ver que há pessoas de quem gosto muito e que se afastaram de mim sem eu saber o motivo. Achei que fossem amigos...mas são apenas conhecidos. Porém sei que a vida é assim mesmo...cada um com o seu interesse. Mas que fico triste, fico.
Aos poucos meu marido está aceitando a separação e isso melhora nossa relação como amigos. Espero que aceite de vez, pois gosto muito dele e foram 27 anos de vivencia (que não se jogam fora). Vamos ver se no Natal ele fica em São Paulo e se o meu filho vai passar o Natal com ele. Prefiro assim pois não sinto ânimo de nada. Não coloquei nenhum enfeite e nem fui ver os enfeites da cidade como pretendia fazer. Não estou triste por isso. Natal para mim não é o dia em si e sim o clima festivo. Caso eu fique sozinha (não pretendo passar com a minha mãe com a qual não falo faz uma semana), vou comemorar do meu jeito...imersa em reflexões e orações. Além disso tenho os pets. Não faço questão da ceia e etc...Quero paz. Tranquilidade. Saber que os meus filhos estão bem.
Nunca me senti tão sozinha...mas isso é bom por um lado. Sinto-me totalmente vazia por dentro e preciso me preencher. E é exatamente isso que pretendo fazer esse final de ano. O resto é o resto...não vale a pena chorar pelo leite derramado, como sempre dizia o meu amado avô. 
B.A

domingo, 13 de dezembro de 2015

14.12.2015

São mais de 3 da manhã. Não consigo dormir, mas descansei um pouco ao voltar do hospital. Ontem...às 22:00...estava passando mal, porém atribuí o mal estar ao stress...já que tinha tido uma discussão feia com o meu filho. Nas mulheres, a crise de ansiedade mescla bem os sintomas de infarto, então achei que estava tendo uma forte crise de ansiedade. Sintomas de sempre: enjoo, azia, dor nas costas e no ombro esquerdo, o coração doía como se alguém o estava apertando e não conseguia respirar, com aquela sensação de peso enorme sobre o peito. A única diferença é que notei que as unhas estavam bem arroxeadas e foi isso que me deixou alerta, pois não tinha acontecido antes. Para variar, eu estava sozinha. Liguei para o meu marido que estava num bar com os amigos e comentei que ia ao PS. Chamei um táxi e fui. Ao chegar eu já não estava conseguindo respirar direito e minhas unhas estavam roxas. Passei na frente de todos, fiz eletro e o médico disse que estava tendo um pré infarto. Avisaram o hospital e fui de ambulância. Chegando lá fiz um ultrassom de coração. O médico confirmou o diagnóstico...fui levada às pressas para um quarto...colocada no oxigênio e tomei injeção de adenosina (um vasodilatador). Como a minha ficha foi junto do PS, os médicos viram que era o quarto pré infarto e viram o histórico de ansiedade. O médico perguntou se eu queria que chamassem alguém. Mas quem??? Minha mãe...que indiretamente foi responsável pelo alto nível de stress? Meu filho que também foi e é menor de idade? Disse ao médico que não tinha ninguém...que eu era sozinha. Ele respondeu que não poderia ser...por causa da família tradicional. Olhei para ele e não respondi. Ele olhou bem fundo nos meus olhos...até demorou um pouco...mas não disse nada. Fiquei internada por 18 horas, tomando o soro para hidratar. Quando o médico me deu alta comentou que se eu tivesse demorado mais uma hora, teria tido o infarto e talvez morrido. Disse que eu estava anêmica...desnutrida. Eu respondi que tenho Doença de Cushing e ele ficou quieto. Pediu para eu trocar de roupa e que esperasse por ele. Quando voltou (antes disso passei por um outro eletro) ele estava sem o jaleco e disse que já ia embora...mas que ia me deixar em casa. Eu fiquei muito sem graça, só que pelo olhar dele e pela aliança que usava percebi que não era uma cantada...era somente preocupação...talvez por saber quem era a minha família. Chegando em casa não consegui dormir...fiquei vendo TV...dei uma explicação básica ao meu marido (futuro ex). Somente à tarde (e sem comer nada) é que consegui descansar umas horas. Eu tinha pedido ao meu marido para não comentar nada com a minha filha, já que ela teve um exame à tarde. Achei que fosse ficar preocupada. Doce ilusão!!! Quando falei com ela à noite, ela não perguntou nada. Então perguntei se o seu pai tinha contado o que aconteceu. Ela confirmou e disse que sentia muito e mudou de assunto...como se fosse algo normal. Quando o meu filho voltou e eu quis contar a ele, recebi a seca resposta de que não o interessava nada sobre mim. Ao comentar isso com o meu marido recebi a resposta que é assim mesmo. O que é "assim mesmo"??? Será que fui tão ruim como mãe??? Não acredito... Pois investi a minha vida na maternidade...Bom, deixa pra lá. Ficar triste não resolve. Tudo isto não resolve nada. Saber que estou só...também. Vou tentar descansar mais um pouco. Tudo isso serviu para me mostrar que estou no caminho certo. E eles que se danem, pois no dia que eu me for vão sentir falta...mas aí será tarde demais.
B.A

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

11.12.2015

Ontem o dia foi péssimo...um verdadeiro caos. Não deveria ter saído da cama...de casa. Após escrever aqui, deitei um pouco esperando o horário para tomar um banho. Mas antes pesquisei duas cidades que eu queria. E senti medo...muito medo. Na verdade pavor. Insegurança. Não tenho como ir para algum lugar onde não conheço ninguém. Não tenho estrutura emocional para isso...para a mudança. Se eu estivesse sozinha, poderia no início procurar uma pensão e aos poucos, uma casa. Me estruturar. Mas tenho 3 pets que dependem de mim...que me amam incondicionalmente...e aos quais eu amo de todo coração. Jamais teria coragem de abandona-los e ninguém da família pensa neles. Então o jeito será ficar aqui, mas não nesse bairro. Existem bairros mais simples e dos quais eu gosto. São dois e vou começar a procurar uma casa pequena com quintal e me capitalizar. Vou deixar essa casa com tudo dentro, menos as minhas coisas russas e os meus amados livros. O resto não faço questão...Além disso sempre há uma parte da família que só conheço virtualmente, mas que aparentemente gostam de mim e numa precisão maior poderia recorrer a eles...fora os conhecidos (também virtuais). Fiquei muito tensa ao sentir o medo e a insegurança...porém agora me sinto um pouco mais segura. Fomos para casa da minha mãe e foi uma m....Desde as brigas com o meu filho até as provocações e agressões verbais da minha mãe. Saí tão nervosa que ao chegar em casa precisei tomar dois Rivotris. Desliguei o telefone...não quero falar com a minha mãe. Não vou brigar ou me estressar...mas também não vou mais vê-la, pois não sou lixeira onde ela pode despejar o seu fel. Não fiz nada, mas ela voltou a me tratar agressivamente e sem nenhum motivo. Entendo o meu filho ser agressivo comigo...mas ela não. Então que fique na dela e eu na minha. Toda essa situação é um verdadeiro inferno do qual quero sair o mais rápido possível. Após tomar o Rivotril, lá pelas seis da tarde, consegui dormir cerca de 3 horas e estou acordada até agora. Ontem, de tanto nervoso, tive uma coisa que raramente...mas muito raramente tenho. Chamo de "nervosismo": quando vc não encontra uma posição...as pernas ficam tremendo e os braços também. Não dá para ficar sentada...deitada...e nem de pé. É horrível!!! Fora a forte dor de cabeça. Hoje já precisei tomar mais dois calmantes. Tudo isso é altamente irritante, já que pretendia sair para fazer os pagamentos. Mas não vou conseguir. Saí um pouco antes das seis, para caminhar um pouco. Mas não me senti bem e voltei logo para casa. O jeito é me armar de toda a paciência do mundo...
Queria contar sobre como meus filhos sofreram por causa do abuso que sofri, mas não estou bem emocionalmente...já que é uma das coisas execráveis que minha mãe sempre faz: ficar comparando os meus filhos com os dos outros...como, alias, sempre fez comigo. Espero conseguir escrever amanhã e com isso colocar esse tipo de ressentimento para fora. Hoje vou ficar quietinha, pois não quero tomar mais calmantes. De manhã...como só almocei ontem...tomei um pouco de canja e vou ver se consigo descansar. Sempre na esperança de um dia melhor.
B.A

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

10.12.2015

Ainda não estou bem Não consigo dormir e nem comer. Minha alimentação se resume a alguma coisa uma vez por dia e bem leve. Hoje devo pegar as sopas que minha mãe fez para congela-las e tentar ter uma alimentação melhor. Não sinto fome e nem apetite. Não consigo dormir ou descansar e a dor de cabeça é bárbara. Meu filho em plena depressão...só ontem que religou o celular e saiu um pouco. Meu coração de mãe fica dilacerado ao vê-lo desse jeito. Mesmo ele descontando tudo em mim, mãe é mãe...
Sei que estou novamente deprimida...conheço bem os sintomas. Principalmente por ser um período de festas. Não montei minha árvore de Natal. E não faço a mínima ideia de como será o final de ano. Ainda não paguei as contas desse mês e nem fiz as compras. Preciso fazer isso o mais urgente possível, mas está difícil de sair de casa. Minha mãe tem ajudado e muito. Semana passada veio me buscar com um amigo que a levou até um supermercado. Comprou carne para mim e acabei fazendo a minha única refeição do dia com ela. Não dei aula na sexta, pois estava sem as mínimas condições. Desmarquei por duas vezes o corte e a pintura do cabelo. As coisas não estão nada bem, pois mal tenho entrado na internet. Pelo menos sei que a minha filha está bem.
Minhas aulas particulares só voltam em fevereiro. Para mim é péssimo, pois eram a minha única fonte de renda, já que faz meses que não recebo nenhum dinheiro...nada mesmo do meu marido. Está me castigando pela separação? Acredito que sim...Até esse mês ainda tenho como me manter. Mas como vou fazer em janeiro? Essa preocupação não sai do meu pensamento, mesmo com a minha política de viver um dia de cada vez.
Muitas vezes a dor interior ainda aflora com tudo...mas imediatamente eu a sufoco. Não quero me entregar, pois com tudo que passei percebi que em vez de me fechar numa concha, tenho muita garra de melhorar emocionalmente. Isso é raro e não quero perder isso por nada. Meu filho está fazendo planos para o ano que vem...vai sair de Ribeirão. Eu vou esperar até o meio do ano, pois preciso planejar bem o que vou fazer, já que tenho 3 pets. E não quero morar numa cidade grande...vou procurar uma pequena onde poderei recomeçar a minha vida e, principalmente, fazer amizades. Nesse mais de cinco anos de Ribeirão não tive um único amigo (a) aqui. Infelizmente nesse quesito minha mãe chega a ser maldosa, já que me separa de todos os possíveis amigos. Ela sempre fez isso, sempre tentou e tenta me minimizar e não entendo qual é o prazer que sente em me isolar e ser amiga das pessoas que tem a minha idade, já que tem a turma dela...alias, duas. Mas com quase 76 anos é impossível esperar que a pessoa mude, então quero uma cidade pequena onde eu possa fazer a minha vida social e onde possa trabalhar. Já pensei em algumas...vou começar a pesquisar melhor sobre elas. Quero uma cidade perto do Estado de Paraná, por causa do clima mais ameno. Tenho que morar em casa por causa dos pets...mas a casa pode ser pequena...não tenho necessidade e nem gosto de espaços grandes. Recomeçar!!! Estou animada com isso. Minha filha está planejando morar com amigas (tipo de uma república) e estou feliz por ela...pela guinada que sua vida deu. Meu filho quer ir para São Paulo...mas principalmente para Campinas. Ele é muito inconstante e não sabe direito o que quer, mas não vou mais viver em função dos seus mirabolantes projetos, que a cada instante ele muda. Não posso e nem quero. Preciso buscar o meu caminho...retomar a minha vida. E o meu marido, como sempre, vai ficar na casa da mãe. É lógico que não estou abandonando ninguém. Pretendo manter sempre contato e a porta da minha casa e da minha vida estará sempre aberta a eles. Porém meus filhos estão na fase de bater as asas e acho isso ótimo. E a última coisa que fazem é incluir-me em seus planos, o que é normal, pois sempre criei os meus filhos para o mundo e, modéstia a parte, ofereci do bom e do melhor para que tivessem condições para isso. Quero escrever sobre como o abuso tanto sexual como emocional afetaram as "crianças". Mas minha cabeça dói muito...são cinco da manhã...preciso buscar as sopas. Amanhã, SEM FALTA, tenho que fazer os pagamentos e comprar comida para o final de semana. Eu já tinha feito uma parte das compras, mas era mais material de limpeza e tb alguma comida. Agora preciso comprar mais comida...ração para os pets. Farei isso semana que vem. Esse final de semana quero colocar as coisas em ordem na internet...estou em falta com 3 pessoas. Só espero conseguir fazer o que preciso...e espero não deixar que a melancolia tome conta do meu ser.
B.A

domingo, 6 de dezembro de 2015

06.12.2015

Passei a semana inteira com uma forte virose...fato que me fez permanecer de cama. Com certeza somatizei o emocional para o físico, já que na sexta tomei uma resolução importante e ontem também. Hoje acordei bem melhor...sem enjoo e sem tontura. E aliviada por terminar algo que estava me fazendo tão mal.
Essa semana também teve um acontecimento importante para mim. Minha irmã me escreveu...respondi e ela também respondeu. Aos poucos vamos tentar nos reaproximar. Isso é bom, pois guardar ressentimentos...mesmo com razão...não traz nada de bom. Então vamos nos dar essa chance.
Semana ruim com o filhote. Sempre me agredindo. Sou obrigada a me armar com toda a paciência, porém não é fácil e cada vez mais parto para briga também. Muito lastimável isso. Sei que tenho que passar por todas essas provas, só que tudo isso está me deixando nervosa e doente.
O lado positivo é que aos poucos estou redescobrindo minhas forças e lutando pelo meu bem estar...
Minha cabeça ainda está doendo, então vou parando por aqui. Mas ainda tenho muitas coisas a escrever...
B.A

sábado, 28 de novembro de 2015

28.11.2015

Não chorei a madrugada toda. Após escrever aqui, fui me acalmando. Por isso os psicólogos e os psiquiatras sempre dizem que escrever é o melhor remédio...mais que falar. Não consegui dormir quase nada naquela noite. Menos de uma hora de sono e com pesadelo. Levantei sentindo muita dor de estômago e febril. E depois passou. Não penso mais na pessoa. Não sou de guardar mágoas...ressentimentos. Simplesmente ele foi embora do meu coração...do meu bem querer. Assim como o meu marido e várias outras pessoas. Muitos esquecem que os abusados sexualmente adquirem a RESISTÊNCIA E A RESILIÊNCIA. Foi por causa delas que sobrevivi até agora. E continuarei seguindo em frente. É claro que ainda estou machucada. Confiei muito nessa pessoa e acreditei no seu bem querer. Ainda bem que consigo vencer certos obstáculos e sei que não fecharei o meu coração ao amor. Só preciso de um tempo...
Meu filho acabou de sair...vai viajar de novo e novamente a solidão de um final de semana.  Vou acabar de escrever...desligar o netbook...ver TV e depois ler. Ainda não estou me alimentando direito e hoje estou com uma dor de cabeça leve, mas chata. E sei que é por falta de comer.
Tenho caminhado bastante esses dias. Outro dia andei na chuva, com raios e trovões (odeio, pois tenho medo). Mas venci o medo e fui caminhar...pois por causa do tempo mais ameno, minha respiração torna-se mais fácil. Quinta, meu filho me convidou para almoçar num restaurante japonês (com o dinheiro dele). Apesar da nossa relação tensa, saímos. O almoço foi super gostoso. Depois ele me convidou para dar uma volta no shopping. Fui, para ver a decoração de Natal (da qual não gostei). E depois combinamos de visitar minha mãe. Antes passamos por uma praça que fez parte da minha infância e da infância dos meus filhos. Às vezes passo por ela, mas fazia cinco anos que não me sentava ali. Sentamos e pude curtir o som dos pássaros...o entardecer. Me fez um bem enorme!!! Caminhamos por cerca de duas horas (já descontando os descansos) e ao chegar em casa estava me sentindo super bem e calma. Ontem andei sozinha, mas estava muito quente e não deu para caminhar muito. Aos poucos, vou saindo do casulo...me libertando das amarras que tanto me prendem em casa.
E por falar em Natal cada vez mais, eu que AMO o Natal, estou me desinteressando da data. Isso é devido ao stress...à depressão. Sempre montamos nossa árvore em outubro, mas esse ano não montei ainda e nem sei se vou ou quero montar. Aliás, nem sei e nem imagino como será esse Natal. Só eu e o meu filho...Bom, esse ano será assim e no ano que vem com certeza será diferente. Porque nada melhor que o tempo para curar nossas feridas e mostrar novos caminhos.
B.A

RESISTÊNCIA: Defesa contra um ataque...Oposição, reação, recusa de submissão à vontade de outrem..."Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo." (Mark Twain)


RESILIÊNCIA: A resiliência é um aspecto psicológico, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações.




terça-feira, 24 de novembro de 2015

25.11.2015

Nesse exato momento meu coração está simplesmente dilacerado. Sim, a culpa é minha. Acreditei numa pessoa que me procurou...que insistiu...que disse que gostava de mim e queria me ajudar. E eu acreditei e de certa forma acabei me entregando e me abrindo. Chorei muito...estou chorando...e vou chorar a madrugada toda. Resolvi não tomar o Rivotril para sentir bem a dor...para digeri-la completamente. Mais tarde vou levantar com olhos inchados e dor de cabeça. Para isso há o banho gelado e analgésico. E depois vou continuar em frente. Não foi a primeira vez e nem será a última. A vida é isso: vivendo e aprendendo. E espero ter aprendido bem essa lição. É muito triste você acreditar no bem querer de uma pessoa e descobrir que ela estava brincando com os seus sentimentos. Infelizmente tem gente que confunde a fraqueza com fragilidade. Sou frágil sim, porém não fraca. Não após 25 anos de abusos físicos e mais de 30 anos de abusos emocionais. Hoje essa tal pessoa pode até estar comemorando o mal que me causou. Vou sofrer uns dias e depois vai passar e, invés de ficar o bem querer por essa pessoa que até me ajudou emocionalmente, vai prevalecer o asco pelo jeito que me tratou. Disse que tenho uma vida medíocre. Sim, nesse momento tenho. Problemas com o fim do casamento e com os filhos. Mas a vida medíocre pode mudar para melhor...melhor que essa pessoa medíocre, já que o caráter dela já está moldado. Se me arrependo? Não. Toda experiência é útil na nossa jornada. Qualquer pessoa que passa na nossa vida tem uma razão para isso. O essencial é como essa pessoa vai ficar no nosso coração e no nosso pensamento. 
B.A

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

16.11.2015

A crise de ansiedade ainda está forte...parece um carma!!! Só que agora agravou com forte dor na  nuca que é pura tensão. Faz tempo que não sentia isso. Dor de cabeça de tensão sim, porém dor na nuca não. Lembro que senti tanto em Porto Velho que foi um médico de lá que me "apresentou" o Rivotril. Ele não sabia nada sobre os abusos. Quando ele deu um comprimido e a receita, eu estava trabalhando e ele pediu que eu voltasse para casa. Eu não quis...tomei o remédio e senti um certo alívio...mas não sono. Vários médicos ficaram abismados com a falta de reação do meu corpo (eu não pude contar que meu pai, para me manter calma, me viciou em Lexotan). O que eles não sabiam, não imaginavam é que tantos anos de abuso já tinham feito o seu estrago. E nesse momento presente da minha vida...após vários anos...voltei a sentir muita dor na nuca. A dor de cabeça é leve...suportável. Mas a dor na nuca "acaba" comigo, pois mal consigo mexer a cabeça. Por isso eu sempre digo: as consequências de um abuso sexual nunca terão um fim. Quando vc menos esperar, elas reaparecem. Queria ser pessimista e não realista em afirmar que vamos carregar isso até o fim da nossa vida. Fico cética quando algum abusado diz que está totalmente curado. Muitos usam o nome de Deus. Mas esquecem que o alívio pode durar anos, mas em algum momento a dor vai voltar. Pois a violação do corpo passa...essa dor...esse nojo...ele passa sim. Mas quando os seus sentimentos são violentados, é para vida toda. Podemos ficar anos sem nos lembrar do abuso e aí o emocional começa a surgir de uma forma negativa. Porque não são somente os sentimentos. São também os nossos sonhos...desejos...o nosso potencial que são atingidos e ficam alterados. E isso dói e muito. Vc sonhar com algo durante boa parte da sua vida e ter de desistir por causa da depressão é horrível. Então quando vc consegue se estabilizar emocionalmente e tenta retomar os sonhos, a depressão volta muito mais forte e não te resta mais nada, além de se conformar...chorar e sofrer muito...e depois seguir em frente. Muitos não aguentam essa pressão e se matam. A ideia da morte é altamente atraente, já que mesmo sabendo das consequências como Espírita Kardecista, muitas vezes não sei o que é pior: aguentar o inferno aqui ou no Plano Espiritual. Ali pelo menos eu sei que há o perdão...que poderei me redimir. Aqui é a imensa solidão...
Se não me engano foi no dia 27/10 que coloquei aqui os meus sentimentos em forma de um escrito meio que estória. É como eu me sinto e pretendo terminar o Blog de Depoimentos com ela. Pois é assim que me sinto...muitas vezes não há muita esperança. Desconfio que a depressão está se instalando novamente. "Olá, Bya, eu fui para te deixar descansar mas senti saudade e voltei!!!". Só que dessa vez não vou tomar mais fluoxetina. Meu organismo está totalmente intoxicado por tantos remédios...não quero mais. Estou tão para baixo esses dias (essa crise de ansiedade está minando todas as minhas forças físicas e emocionais) que não faço mais nada. Não tenho vontade de postar no face ou na comunidade...deixei de ler. Ligo a TV e fico vendo qualquer coisa, só para me livrar dos pensamentos sombrios...Sinto, que aos poucos estou desistindo de mim mesma...sinto que estou perdendo as minhas forças. Nunca me senti tão só!!! Queria poder dizer que amanhã é um outro dia...o triste é que pressinto que não houvera mudança nenhuma. Nesse momento exato a minha determinação em continuar...em vencer...estão zeradas.
B.A

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

12.11.2015

Uma forte crise de ansiedade impediu-me e impede de escrever esses dias. Fazia tempo que eu não tinha uma crise tão forte assim...associada com forte insônia. Muitas coisas ruins acontecendo...mas aconteceram coisas boas também. Algumas pessoas me magoando emocionalmente...e mesmo eu não permitindo ou evitando em permitir...já foi...e a mágoa fica. Quase não tenho saído de casa...a crise é forte...juntamente com a precária alimentação e falta de sono provoca um tremor enorme nas mãos, dor de cabeça e tontura. Voltei a respirar com dificuldade. Passo de 30 a 39 horas sem dormir e durmo apenas 3 para o ciclo recomeçar. Até comprei o Dormonid, pois não tinha nada para dormir em casa e acabei encontrando a receita. Como já me acostumei com a insonia, procuro não tomar nenhum remédio, já que de nada adianta. Então encontrei a receita na bolsa com data em branco e comprei. Não adiantou...mas fiz a tentativa. A única coisa que me resta é ter paciência e esperar a crise amainar. Não adianta ficar me cobrando...brigar comigo mesma. Não melhora a situação. Então tento driblar de alguma maneira essa crise tão inesperada e forte. Só espero melhorar em breve.
Eu e o meu filho estamos bem. A depressão cedeu e ele voltou para as atividades do seu dia a dia. Fico mais aliviada. Estamos sempre conversando e vejo que ele está "crescendo" emocionalmente o que é muito bom. Eu e minha filha mal nos falamos. Ela continua descontado as frustrações dela em mim e isso me faz muito mal. Nunca me manda um recado...diz umas duas frases ao telefone e é só. Vai fazer 3 meses que não a vejo. Agora está sempre viajando para Brasília e acho que poderia me visitar. Porém essas coisas não se forçam e o jeito é me conformar. Um dia de vez é o meu lema. Ou seja, amanhã é um outro dia e nunca se sabe o que pode acontecer nos dois sentidos (o bom e o ruim).
B.A

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

03.11.2015

São duas e meia da manhã. Já dormi as minhas 3 horas e agora estou totalmente acordada. Nessas últimas duas semanas certas circunstâncias...situações...pessoas...ansiedades fizeram com que sentisse (e ainda sinto) uma forte dor de estomago...ou seja: gastrite nervosa. Faz uns 27 anos que não sentia isso. Sei bem como é...pois por causa do abuso sexual passado por tantos anos e muito nervoso e ansiedade, aos 12 anos os médicos já encontraram o problema. E antes disso eu já apresentava os sintomas. Da última vez, o médico disse que se eu não me cuidasse (estava com 21 anos), faltava pouquíssimo para chegar a úlcera. Semana passada fiquei de cama, literalmente, por 4 dias. Muita dor...incomodo. Mas como passei muito nervoso, o remédio quase não fez efeito. Começou no domingo a duas semanas e na quinta da semana passada eu ainda estava péssima. Mas na sexta precisava, além de dar aula, fazer um montão de coisas. E fiz!!! Também andei muito...muito mesmo. Nesse dia fiquei feliz comigo mesma. Porém no final de semana não estive bem e agora, antes de ligar o net, precisei tomar o remédio. E é claro que a minha alimentação está lastimável, para não dizer coisa pior...A única coisa boa é que estou conseguindo descansar mais, dormir um pouco à tarde. O corpo não está tão tenso assim. O triste é que a depressão do meu filho voltou. Uma semana sem ligar o celular...sem falar com os amigos...sem sair de casa...terminou com a namorada...não come...dorme demais na hora errada. Eu espero de todo o coração que ele melhore logo. Mil vezes ver meu filho atrevido e a gente brigando que pálido e desanimado. Sexta de manhã minha filha foi convidada para ir a Brasília. Meu marido foi junto para proteger a filhota (fato que ela não curtiu muito, mas após tantos acontecimentos na cidade, achei bom). Aproveitaram bastante mesmo...porém ontem roubaram o seu celular. Eu fiquei triste por ela, por ter perdido todas as suas coisas e contatos, mas ontem ela já me ligou de Sampa e disse que somente perdeu as fotos de Brasília, já que existe uma tal de "nuvem" e está tudo armazenado ali (eu e a minha ignorância total sobre a informática...rs...).
Semana passada também me senti magoada com algumas pessoas. Não sou de guardar mágoa, mas há situações extremamente desagradáveis e o que faço é tentar me manter longe dessas pessoas. Não existe coisa pior que ressentimento e eu prometi e tenho cumprido a promessa de me manter longe desse sentimento tão negativo. Não entendo porque as pessoas sentem prazer em nos machucar ou nos ignorar sem motivo algum...A única coisa que posso fazer e faço é me proteger ficando longe dessas pessoas. 
Espero voltar a comer e me alimentar melhor, pois não quero fazer endoscopia e outros procedimentos. Então para isso, preciso cuidar me com alimentação adequada, comer mais do que uma vez por dia, controlar o nervoso. Tentarei fazer isso...preciso ficar bem!!!
Anteontem conversei muito com o meu filho (estamos numa fase boa...de paz). Expliquei a ele que não há mais casamento (no que ele concordou) e que tanto eu...como o meu marido merecemos uma segunda chance de sermos felizes. O companheirismo e a amizade que sinto pelo meu marido nunca desaparecerão e o fato dele sempre dizer que me ama é mais por hábito, pois o amor não é demonstrado em palavras e, sim, em atos. Disse ao meu filho que não se preocupasse...que eu ficaria em Ribeirão até que ele se estabilizasse na vida...mesmo no ano que vem ele completando 18 e mesmo que ele for morar com os amigos, estarei aqui para apoia-lo no que precisar. Quero vê-lo terminar os estudos...trabalhando e aí sentirei que cumpri uma parte da missão materna (pois mãe é para vida toda) e aí sim, poderei pensar em mim e talvez numa nova relação. Mas meu filho vem em primeiro lugar (meus filhos...mas a minha filha já escolheu o seu caminho e meu marido cuida muito bem dela). Paciência...fé...esperança. Como sempre!!!
B.A

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

27.10.2015

Era uma vez uma menina...menina num corpo de mulher...mulher num corpo de menina vagando por um mundo sombrio. Sozinha, solitária, com medo. Muitas vezes dava de encontro com outras sombras que também vagavam por ali. Sempre a procura de uma saída ou de uma luz. Nunca encontrando o que procurava. Às vezes sentia muita ansiedade e outras vezes não. Às vezes a esperança tomava conta do seu ser e outras vezes era o desespero. Fazia frio, mas ela mal sentia...sentia era muito calor. Não sentia fome, porém a sede era constante. Via os outros vultos que também estavam procurando paz e consciência de si mesmos...o encontro da alma com o corpo...sua essência. Ela não sentia medo...somente uma ânsia enorme de um encontro que a preenchesse com amor e esperança. Mas muitos que passavam por ela diziam para não ter essa esperança, que tinha gente que não foi feita para amar e ser amada...para ser feliz, somente para trazer felicidade aos outros. E quanto mais a menina ouvia isso, mais dentro do seu ser nascia uma determinação...uma teimosia de encontrar o que estava buscando. Mas como? Se ela mesma não tinha certeza dessa busca. Estava cansada ao extremo...mas não conseguia nem descansar e nem dormir. Muitos desistiam da busca e se iam. Mas não para a luz e sim para as trevas. A menina sabia como era fácil esse caminho, mas já estava acostumada com o difícil...muitas vezes com o impossível. Várias vezes ouvia o seu nome...ficava buscando, procurando...porém... em vão. Estava fadada a ficar nesse mundo de trevas, pois a única saída era a mudança. Mudança interior...dos seus conceitos...dos seus objetivos. Mudança em se respeitar...em se aceitar...em se amar. Será que ela conseguiu...consegue...conseguirá? Somente o tempo mostrará a verdade e quem sabe a saída...
B.A







sábado, 24 de outubro de 2015

24.10.2015

Cansada ao extremo. Não dormi quase nada...O "triste" é que pela primeira vez em anos...uns oito anos...não senti um pingo de ansiedade à noite. Um verdadeiro milagre!!! Estava super bem...calma. Curti as postagens dos amigos no face pessoal. Respondi e-mails e mensagens. Joguei paciência chinesa que amo. Porém o sono não chegava. Às quatro e meia da manhã resolvi tomar um Rivotril, não para ansiedade, mas para ver se relaxava o suficiente para pegar no sono. E quando finalmente estava "caindo nos braços do Morfeu...", a mãe do melhor amigo do meu filho ligou desesperada, já que passava das cinco e ele ainda não tinha voltado para casa e nem dado notícias. Eu no celular e meu filho no celular e fixo ligando para os amigos em comum. Imagino a aflição da mãe. Esse menino é melhor amigo do meu filho...de dormirem um na casa do outro. Duas semanas atrás ele precisou de conselhos e foi a mim que procurou. Adoro esse garoto e fiquei aflita com o seu sumiço. Por um acaso fui a primeira a falar com ele, com delicadeza e sem censura (ao contrário do meu filho que desligou o celular na cara dele e disse que iam sair no braço...rs...). O garoto saiu com a namorada...foi para uma festa...dormiu com ela e desligou o celular, esquecendo de avisar a mãe. Meu filho apronta demais comigo, mas Graças a Deus, nunca fez isso. Toda vez que sai e vai dormir ou na casa dos amigos ou da namorada, sempre avisa. Quantas vezes ligou para mim às 3 ou 4 da manhã, eu acabando de "pegar" no sono, somente para avisar que tinha chego bem e para que eu não me preocupasse. Esse menino é um doce...foi um lapso e imagino o que deve ter ouvido da mãe...rs...Tanto que nem foi viajar com o meu filho e os amigos. E mais um final de semana sozinha...
Por falar em pais e filhos, o que me motivou a escrever agora, apesar do cansaço e enquanto espero o relaxante fazer o seu efeito, foi o caso da menina do Masterchef Jr. do Brasil. Essa semana coloquei 3 postagens na página que simplesmente "bombaram". Uma foi sobre uma jovem de 24 anos, doméstica, assediada sexualmente pelo patrão de 70 anos. Ainda bem que a mulher desse nojento sabia como era o marido...A jovem gravou via celular um dos assédios e prestou queixa na Delegacia, juntamente e apoiada pela mulher do molestador. Nunca posto nada sensacionalista, porém esse vídeo não é...pelo contrário, estimula outras a terem consciência dos seus direitos. Eu já fui molestada 3 vezes e é horrível e humilhante. Vc fica paralisada e sem saber o que fazer. Nas 3 vezes eu reagi. Mas a vergonha e a humilhação ficaram até hoje. Outra postagem foi sobre o projeto aprovado contra a pílula do dia seguinte e aborto. Mais uma vez a mulher estuprada sai perdendo, precisando novamente fazer laudos médicos e policiais...provar que foi estuprada. Sabemos que as mais humildes preferem deixar para lá...do que passar pela grosseria policial. E as mais ricas não se submetem a isso...pois a própria família não permite. E quem sai perdendo??? Somos nós...as abusadas e estupradas e muitas vezes os filhos desses relacionamentos, principalmente infrafamiliar. Lembro que quando o meu pai me engravidou, eu não tive como esconder essa situação. E ele achou uma clínica particular para o aborto através de um colega de trabalho. Eu me senti extremamente humilhada!!! Fiquei com medo de não aguentar a pressão ou ainda as críticas do médico do tipo: "há métodos anticoncepcionais". Então fui aso centro de São Paulo e comprei ervas abortivas. Fiz aborto na USP, mas morava em Santos. E poderia ter perdido a vida por causa da forte hemorragia...A terceira postagem foi sobre essa menina. Fiz questão de assistir a reprise do programa ontem ( já tinha assistido com o meu filho). O engraçado é que quando comentei com ele, na mesma hora ele disse o nome. Perguntei se já sabia e ele disse que não, mas que era a garota mais bonita do programa. Eu discordei, pois tinha uma que achei mais bonita ainda. Meu filho disse que se fosse a filha dele a ser tão explorada pela mídia por causa dos comentários doentios de homens doentes...ele saía atrás e matava o cara que deu o motivo para tanta falação. Fico pensando no impacto que tudo isso teve sobre uma menina de 12 anos, inocente e delicada, que apenas foi participar de um programa que é feito no mundo inteiro. E o impacto sobre a família. Tudo isso é muito doentio e eu sinto imensamente por essas pessoas. O estrago já foi feito e tenho certeza que o medo foi plantado no seio familiar. Tudo isso é uma lástima enorme!!! Toda minha solidariedade a eles e, de agora em diante, vou torcer muito para que essa menina tenha muito sucesso no programa.
B. A

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

23.10.2015

A semana foi bem proveitosa em relação a colocar em ordem as coisas na internet. Trabalhei muito nesses dias e consegui realizar o que pretendia. Segunda pesquisei artigos que irei colocar nos blogs. Devo ter ficado 3 horas lendo e marcando. Também na segunda fechei o grupo secreto. Somente uma pessoa percebeu...pois é uma das que sempre colaboram. Aproveitei o post dela para colocar na página, onde foi super bem visualizado. Criei esse grupo secreto para as mulheres que passaram pelo abuso sexual. Tantas queriam entrar...teve até uma louca que desestruturou o grupo...tantos pedidos cuidadosamente analisados e, aquelas a quem foi dada oportunidade, não deram mínimo valor. Bom...nem vou comentar sobre algumas pessoas do grupo...pura decepção!!! Era um espaço que tinham, formado somente por mulheres e um grupo pequeno, para discutirmos sobre vários assuntos íntimos...assuntos que elas não tinham como comentar (vergonha) como por exemplo, o vaginismo. Por causa dessa louca que citei, precisei fechar o mural e muitas "meninas" saíram por causa dela. Tentei concertar a situação e, aos poucos foi normalizando...mas nunca voltou ao que era. De qualquer jeito poderia ter sido um ótimo grupo se elas tivessem colaborado mais e entendido que o grupo era DELAS!!! Mas, teve uma que até ficou implicando com o nome...não dá para entender. Bom, uma dor de cabeça a menos para mim, já que me sentia culpada em não conseguir deslanchar o grupo. Agora estou investindo muito na página e no outro grupo. Acho que alguns administradores do grupo fechado, os quais voltei (precisei fechar o mural e retirar os administradores por causa das discordâncias), ficaram ofendidos e nem curtem as postagens. Bom, é como eu sempre digo: a causa é uma só. Não importam o grupo...a pessoa...a comunidade. Por isso eu compartilho posts de todos os grupos, divulgando os mesmos.
Segunda feira também retirei 50 pessoas que não interagiam comigo do meu perfil pessoal. Como é pessoal, quero que seja pequeno. Deu certo. Estou curtindo e comentando mais os posts dos outros. Na verdade poderia até retirar mais 50...mas não quis fazer isso, pois o número de amigos virtuais já é pequeno e tem muitos desde que abri o perfil e que vieram do Orkut e até, alguns, dos grupos do yahoo. Ou seja, tenho amigos virtuais de 13 anos...Alguns até já se foram. Fiquei contente com o trabalho essa semana...valeu dedicar-se tantas horas. Sem falar nos e-mails e nas mensagens...
Hoje não dei aula, ontem à noite a aluna desmarcou. Mas, infelizmente, os meus problemas alimentares e de sono aumentaram. Teve um dia que só consegui comer uma maça...no outro, um miojo...no outro cozinhei 2 batatas médias. Uma vez por dia e poucas quantidades. Faz 3 noites que passo acordada, dormindo no máximo 3 horas e sempre acordando. Pelo menos voltei a lembrar dos sonhos e até sonhei com o X e o Y (que cito no início desse diário)...sonho ameno e onde conversamos (é a primeira vez que há uma interação no sonho...). É bom...compensa a noite mal dormida.
Problemas com os filhos continuam...mas mãe é mãe...fazer o que? Aos poucos estou lhes mostrando que não sou fraca e vão ter de aceitar isso e o fato que sou a grande responsável pelo o que eles possuem...e se não fosse por mim e pelos sacrifícios que uma mãe é capaz de fazer (normal para uma mãe...mas bem que a gente quer também ser respeitada), eles hoje talvez não tivessem uma carga cultural tão grande. Porém tenho paciência...pois um dia eles terão os seus filhos e talvez compreenderão toda a situação que vivi para manter a família unida (pelo menos até agora). Tenho seis meses para planejar o meu futuro a curto prazo e sair dessa mesmice. E depois irei ver o que vou fazer...
Estou com um projeto nascendo...tomando forma. Vamos ver no que vai dar.
Estou com a cabeça dolorida e pesada por falta de sono. Porém não adianta tentar dormir (e não estou com ansiedade). Vou ficar no face...tentar relaxar. E amanhã é um outro...novo dia...sempre mantendo a esperança de que seja bom.
B.A


domingo, 18 de outubro de 2015

18.10.2015

Desbloqueei aquela pessoa, pois apesar dela me magoar, senti que ele realmente não estava bem. Eu até poderia ter perguntado sobre ele para uma amiga comum...mas acredito plenamente que cada pessoa que passa na nossa vida não é por acaso e, indiretamente, nos tornamos responsáveis por esse alguém. Mandei uma mensagem e é lógico que fui mal recebida. Mas o meu coração estava certo: ele piorou. Não quis falar comigo, mas quando quiser ou precisar, sabe onde me encontrar. Sempre acabo relevando e é por isso que sofro pelos outros. Preciso endurecer mais o meu coração...mesmo sabendo que espiritualmente falando é errado. Mas também preciso me proteger. Manterei o silêncio e, aos poucos, vou fechar a comunidade. Estou cansada. Nos grupos, as pessoas não são participativas. Os dois primeiros blogs tem uma ótima visualização...então deixarei os dois (mas sem mais publicar). O perfil da Bya, apesar de quase 3 mil amigos, quando posto algo sério, é pouco curtido. Devo manter esse perfil somente até o início de janeiro. Vou continuar com o perfil pessoal...a página...e esse blog. O que me deixou mais triste é que marquei algumas pessoas, inclusive as que me ajudaram a abrir a comunidade, numa postagem super importante da minha filha (um artigo que ela escreveu e foi publicado) e essas pessoas nem se deram ao trabalho de ver. É uma pena...Por isso manterei a calma e o silencio e, aos poucos, deixarei essas pessoas "irem". Cada um com a sua vida e os seus problemas. Sexta consegui levantar cedo...lavei o quintal...preparei a aula...tomei um banho gelado. Eu estava zonza de tanta fraqueza, por não comer e não dormir. Meu corpo e minha mente diziam: desmarque a aula. Porém minha razão dizia para não fazer isso...que iria me arrepender depois...me criticar. Então fui. Como sempre faço nesses casos de cansaço extremo, vou por partes, dividindo o caminho por etapas. Dá sempre certo!!! Tomei o meu café da manhã no meu lugar preferido...dei a aula...e voltei num calor de mais de 40 graus (à tarde chegou a 47). Mas consegui!!! Não chamei táxi e nem a motorista. Eu chamo isso de pequenas GRANDES vitórias. Sei que muitos não entendem a importância disso, porém EU entendo!!! E me valorizo um pouco. Amanhã começa uma nova semana e tenho certas determinações a realizar. Espero ser capaz. E não voltar atrás das decisões tomadas. Pior que está, não fica. O resto é puro lucro.
B.A

"Você não sabe a energia que reside no silêncio."
(Franz Kafka)



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

15.10.2015

Sob o efeito de 3 rivotris tomados somente hoje, reli todas as postagens desse blog do ano passado. Não vou fazer comentários ainda...pois quero reler as desse ano também. Mas não tomei o rivotril para a leitura...na verdade foi uma noite mal dormida...o dia de ontem sem praticamente comer e, hoje, quase 3 da tarde, só tomei água. Tomei os rivotris por causa da enorme crise de ansiedade...queria descansar...dormir. Consegui controlar a crise durante todo o dia de ontem e de madrugada. Pelo menos ele disfarça a minha frustração em mais uma vez falhar comigo mesma. Minha casa está um caos...um verdadeiro nojo. Roupa aos montes para lavar. Tinha que preparar a aula de amanhã...Queria fazer tanta coisa!!! Mas como eu estava maneirando no uso dos relaxantes, a dose tripla amoleceu totalmente o corpo...porém não deu sono e sinto muita dor de cabeça. E pelos acontecimentos de ontem, a ansiedade me dominou totalmente.
Passei o dia mal...com crises de choro...muito triste. Precisei fazer algo que não gosto, que foi bloquear um amigo virtual. Infelizmente todos nós passamos por problemas e sei que o dele é muito grande, pois envolve diretamente sua saúde e ele corre o risco de morte. Porém, ele não pode me tratar mal ou com deboche, somente pq não estava bem. EU TAMBÉM NÃO ESTAVA...mas não fico descontando nos amigos virtuais. E ele conheço faz pouco tempo, apesar de termos tido uma boa e contínua amizade. No mundo virtual, na verdade, conhecemos apenas 1% da essência dos nossos amigos. Existem aqueles que podemos conhecer um pouco mais, mas no máximo 10%. Mal sabemos do seu passado e do seu presente...o que querem e pretendem para o futuro. Não temos o direito de julgar ninguém. Mas eu também não permito ser julgada pelas pessoas que mal me conhecem. Relendo as 55 postagens do ano passado, percebi que por causa desse julgamento e das más interpretações perdi valiosas amizades (por parte delas). No entanto, faço uma pergunta. Seriam mesmo valiosas? Ao meu ver até sim, mas quando uma pessoa te julga sem conhecer praticamente nada sobre você...sem viver o seu dia a dia...sem passar pelas angústias, dúvidas e aborrecimentos que vc passa...como essa pessoa pode te julgar e ainda opinar o que seria melhor para sua vida e o seu progresso? Muitas vezes a intenção é boa, porém passamos alguns minutos com essas pessoas durante a semana e é por isso que eu não julgo ninguém. E nem dou minha opinião. Como posso opinar sobre algo...sobre a pessoa que mal conheço? Quando a amizade além de virtual também ocorre no mundo real, é diferente. Mas quando é somente virtual, precisamos tomar cuidado para não magoar o próximo, para tentar compreende-lo e ajudar no que for possível. Antes, eu engolia a mágoa. Hoje, posso ficar quieta, mas tomo as providencias para que a pessoa não me magoe mais.
Essa noite não dormi nem 3 horas, mas voltei a sonhar e lembrar do sonho ao acordar. Senti o cheiro...a textura...as cores. Ouvi o barulho...Outro dia me perguntaram porque era tão importante de eu lembrar de um sonho. Simplesmente porque sei que sonhei e senti...acordava com os fragmentos do mesmo e era super irritante não saber o que sonhei, já que o corpo e a mente estavam tensas...
Bom, amanhã é dia de aula e como sempre estou deixando tudo para última hora...ou melhor, amanhã. Não queria que fosse assim...não planejei isso. Paciência ou então enlouqueço de vez. Amanhã é amanhã e pronto!!!
B.A

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

14.10.2015

Hoje fiquei com vontade de escrever...na verdade, ontem eu já estava. Acho que a solidão está pesando muito, muito mesmo. Não é uma questão só de sair de casa. Alias, com o forte calor que está fazendo, saio de casa somente com um propósito. E também não tenho ninguém aqui para encontrar, conversar. Estou completamente isolada...Logo eu, que apesar da fobia social, sempre fui sociável e comunicativa. Todos os testes que fiz com psicólogos, testes de QI, sempre demonstraram essa minha parte comunicativa. Até mesmo a minha fobia social não é com pessoas em si, mas sim em conseguir sair. Caso encontre alguém, converso normalmente. Tenho muitos amigos virtuais que gostariam de conversar comigo e eu sempre acabo "cortando" o papo. Acho que é também o problema para digitar. Preciso reabrir o meu Skype, pois posso usa-lo sem imagem. E tentar por aí...O que não pode mais acontecer é eu estar me desligando novamente do mundo, com a tristeza tomando conta do meu ser...sem conseguir fazer NADA...nem mesmo as minhas séries tenho assistido. Conheço bem o caminho da depressão e não quero andar novamente por ele. Hoje liguei chorando para o meu marido. Péssimo sinal!!! Mas é a única pessoa que ainda tenho com a qual posso me abrir totalmente, mesmo com o meu casamento naufragando. Muitas vezes a dúvida me ataca: devo tentar uma nova vida...me entregar ao destino ou devo me submeter a esse mesmo destino e conformar-me? Várias pessoas dizem para eu seguir em frente...mas como? Às vezes a esperança se torna super forte e, aí, o ser que me deu essa esperança de ajuda "some"...e fico eu novamente só. Ontem vi no face uma postagem simples, porém que me chamou muita atenção. Dizia mais ou menos assim: "as pessoas estranhas se tornam nossos amigos e os amigos se tornam pessoas estranhas"...nada mais verdadeiro. Pelo menos tenho uma ótima amiga virtual...a gente se fala pouco, pois ela também passa por sérios problemas. Na segunda conversamos mais de duas horas pelo celular...até a minha bateria descarregar totalmente. Fez um bem muito grande. E tem aqueles que dizem que não conseguem me ligar, mas não posso acreditar...não nos dias de hoje. Seria mais fácil ser direto e dizer que não quer falar comigo...tenho alguns amigos assim. Muitas vezes fico pensando em o que poderia ter acontecido. No que eu errei...Mas o meu erro está aí: por que eu errei? Por que sempre eu? Estou cansada de estar errada...de procurar as pessoas. Assim como o amor, a amizade também não se força. Sim, tenho familiares que não conheço e que tenho certeza que me receberiam bem. Tenho amigos virtuais que são daqui e iam gostar de me conhecer pessoalmente. O problema é a minha baixa estima...a vergonha que sinto de mim mesma. Queria que não fosse assim...queria poder reagir...mas não consigo, mesmo desejando muito uma mudança mais positiva. Então fico assim: tendo crises de tristeza e desanimo total. ISSO QUE ESCREVI...SOBRE FOBIA SOCIAL E BAIXA ESTIMA...É CONSEQUÊNCIA DIRETA DOS ABUSOS SEXUAL E EMOCIONAL. E eu não sou a única...E eu não era assim em uma parte da minha vida...O que resta é esse diário, onde posso escrever e desabafar sem olhar nos olhos das pessoas que leem e, com isso, sem me envergonhar e sendo mais sincera e verdadeira.
B.A

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

12.10.2015

Mais um final de semana sozinha...Só que hoje é o primeiro dia das crianças que passo sem os meus filhos. É lógico que eles não são mais crianças...porém para mim serão eternamente. No ano passado dei um dinheiro...almoço gostoso...pedimos o jantar. Passamos o dia juntos e sinto falta disso. Mas é assim mesmo...chega uma época que a vida já é guiada por eles mesmos e, apesar de sentir uma certa frustração...não há nada o que fazer.
Semana passada aconteceram duas coisas...uma boa e outra ruim. Na quarta feira tive uma briga muito séria com meu filho. De tanto deboche por parte dele, precisei chamar a polícia. Foi extremamente desagradável. Ele levou uma chamada daquelas e aprendi que estou sozinha. A polícia não pode fazer nada e nem o Conselho Tutelar...já que ele não é um menor abandonado. O policial sugeriu que eu procurasse um advogado (???!!!) ou tivesse paciência até ele completar 18 anos. Como sempre ele contou aos amigos e seus pais que sou isso e aquilo e que até o meu marido estava ao seu lado...Deixei pra lá...não adianta mais lutar. Ele saiu na sexta e só vai voltar amanhã à noite. Deve ter ficado altamente surpreso de eu ter tido a coragem de chamar policia...seu tom de voz melhorou...andou ajudando em casa e, nesses dias que está fora, está dando satisfação de onde está e com quem. Pelo menos está com amigos decentes...que eu conheço. Ontem meu marido conversou com eles por viva voz falando sobre política e história. E a mãe do menino, onde estão, sempre fica ligando e fazendo o seu controle. Quando há o envolvimento dos pais, isso pelo menos dá segurança não somente a nós...mas também a eles, pois sabem que a gente se importa. Eu também ligo todos os dias.
A coisa boa é que na sexta feira nasceu minha sobrinha neta. É neta da minha cunhada preferida e eu fiquei muito feliz, pois gosto muito deles. Nem sei o porquê de eu ter ficado assim...tão emocionada...feliz. Talvez porque já faz muito tempo que não sei as alegrias de uma família e esse fato foi uma grande alegria para mim.
Continuo me alimentando super mal. Tem dias que como e outros, não. Continuei dormindo pouco...sabendo que sonhei intensamente...ao acordar lembrava fragmentos do sonho e logo depois esquecia. O que me deixava no déjà vu e altamente irritada. Ontem tive pressão muito baixa...não consegui comer...fui deitar cedo e acordei várias vezes de madrugada, por causa dos sonhos fortes e com uma imensa crise de ansiedade (a qual estou ficando perita em controlar sem precisar recorrer ao Rivotril). De manhã acordei com forte taquicardia, porém lembrava de tudo que sonhei. Fato que não provocou a irritação de sempre e permitiu de eu não tomar o remédio. No sonho estavam o meu pai e minha mãe...entre outros. Mas não ouve nenhum tipo de agressão (no sonho), então tudo ok. Só sei que todo esse nervosismo pelo qual estou passando está afetando a minha escrita...disgrafia...super desagradável. Preciso reler de duas a três vezes o que escrevi, até numa simples mensagem ou comentário. E sempre encontro erros. Talvez, com o tempo, melhore...assim espero!!!
Continuo caminhando e dando aula. Isso me dá muito ânimo. E também, aos poucos, estou mudando certos conceitos sobre a vida, com pretensão em tomar decisões que vão mudar a minha. Muitos vão não gostar...mas é aí??? Não devo viver em razão do que os outros vão pensar...achar...julgar. Mesmo porque, se eu não fizer / mudar nada, continuarão pensando...achando...e julgando. Então vou buscar uma mudança para mim, sem pensar se dará certo ou não...na tentativa de acertar e ser mais feliz. Pois se eu não tentar, além de nunca saber como seria...também iria me odiar. O que tiver de ser...será.
B.A


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

05.10.2015

Ainda bem que esperei para escrever. Agora que já acalmei as emoções...escreverei com mais razão. Acordei hoje antes da cinco, com muita ansiedade. Porém consegui superar e nem precisei do remédio...
Quinta foi um dia caótico. A começar com a briga com o meu filho...que simplesmente ignora aquilo que lhe peço. Acabei pedindo para ele, na sexta, dormir na casa de uma amigo...já que iam viajar no sábado. Ele voltou somente agora de manhã. Foi bom para ele, que se divertiu. Foi bom para mim, apesar de uma imensa solidão, pois acabei não me estressando tanto. Ao voltar, estamos numa boa e ele disse que nada melhor que a própria casa...o seu espaço. Assim ele também começa a valorizar um pouco mais o nosso relacionamento, pois faço de tudo para que tenha conforto e para que fique bem...
Quinta, ao me despedir da minha mãe, aconteceu novamente o que sempre acontecia: críticas e ironia por parte dela...acabei gritando e batemos o telefone. Já faz um tempo que percebo sua implicância, apesar das tentativas de me tratar bem. Uma vez capacho...sempre capacho. É o que fui para ela desde a adolescência. Ela nega que sabia do abuso...só desconfiava. Mas como é isso??? Se desconfiava, por que nunca procurou saber? Eu sou mãe e jamais deixaria uma desconfiança não ser resolvida. Percebi que retrocedeu em relação ao abuso, que está chateada por ter aceitado. Acredito que é a influencia direta daqueles amigos, com os quais voltou a sair direto e também da minha irmã...que prefere ficar de fora. É um direito dela...mas fazer que eu seja a mentirosa...não. Minha mãe fica na defensiva, pois sabe que a comunidade está progredindo e muito, sabe que estou tendo contato com as pessoas do passado e tem medo. Tem medo de ser julgada, porém eu não fico contando...só que as pessoas não são bobas e acabam descobrindo por si mesmas. E eu não tenho culpa dela ter sido totalmente omissa e de ter sempre me tratado como um lixo, pois as pessoas do passado ficavam indignadas com o seu tratamento comigo. Já dizia o meu avô: quando a esmola é grande o pobre desconfia. Acabou-se a "lua de mel". Quando ela voltar da Alemanha, não pretendo continuar mantendo contato...pois a energia dela é totalmente nociva para mim. Não vou mais tolerar suas ironias e suas agressões verbais. Como sempre, tento relevar e perdoar. Porém as pessoas confundem isso com fraqueza e não sou tão idiota ou fraca assim. Tudo isso é realmente uma lástima!!!
Na quarta, quando estive na casa dela, minha irmã a chamou pelo Skype. E mais uma vez (aí sim...fui uma idiota) relevei e fui falar com ela. Me tratou bem...bem até demais...disse que ia mandar umas fotos e notícias. Mandou??? Claro que não. E por que manteria o contato comigo? Sou a prova viva do abuso que ela mesma sofreu...melhor ficar na fase de negação do que ser solidária. Pessoas como ela encontrei aos montes nessa vida...mas o que dói é saber que desperdicei a minha vida e a minha felicidade por uma pessoa totalmente egocêntrica e que não valeu e nem vale a pena...E espero, sinceramente, que seja a última vez que escrevo sobre a mesma...ela não merece nem sequer a minha mágoa e o meu pesar.
Sexta fiquei feliz por mim mesma, pois apesar de voltar a não comer e a não dormir direito e de não ter dormido nem duas horas, levantei...lavei o quintal...tomei um banho gelado...e às cinco da manhã já estava postando na comunidade, respondendo e-mails e mensagens. Depois saí para dar a aula...e tomei café na rua. Após a aula andei muito, muito mesmo, resolvendo as minhas coisas. Num calor super intenso. O melhor de tudo é que não tive problemas com a respiração e isso me dá muita força para continuar andando e voltar a caminhar bastante (meu exercício preferido). Passei muito mal por causa do calor. Depois que meu filho saiu, fui dormir (sem almoçar) e acabei acordando tarde, com o celular. Consegui comer e fiquei um pouco conversando com as pessoas virtualmente e depois fui ler. Não liguei a TV nem sexta e nem sábado...somente domingo, para assistir duas séries na History Channel...uma série brasileira na AXN e aproveitei para rever no Canal Brasil um filme que adoro..."Central do Brasil". Ainda conversei um tempão com uma nova amiga virtual.
Uma coisa muito estranha que está acontecendo é que além dos pesadelos e de dormir cerca de duas horas por dia, não estou conseguindo me lembrar dos sonhos. Lembro de algumas partes, geralmente desagradáveis...mas não do sonho todo. Sei que continuam intensos e fico frustrada com o fato de não lembrar. Acordo de madrugada com ansiedade e taquicardia. Isso acontece cerca de duas semanas. Prefiro lembrar ou então nem sonhar...
E hoje eu tinha muitas coisas para fazer, mas andei muito inchada nos pés...meus pés e pernas doem muito...ontem comi somente uma maça à noite e sinto fraqueza. Então já estou prevendo que não vou fazer quase nada...só espero que à noite me sinta mais ativa e faça alguma coisa.
Eu também ia tecer comentários sobre o meu mais novo amigo, pois ele acabou me magoando muito. Mas resolvi não comentar...todos nós temos as nossas fases difíceis e preciso aprender a ser mais tolerante...
O importante é como sempre digo (melhor...escrevo): amanhã é um novo dia!!! E as minhas esperanças sempre se renovam, apesar do dia de hoje ter mal começado...rs...
B.A

domingo, 4 de outubro de 2015

04.10.2015

Muitas coisas aconteceram nesses poucos dias. Porém não vou escrever agora, pois estou magoada, ressentida. Gosto de escrever com o mínimo de razão...apesar de abrir esse blog para colocar os meus sentimentos e as minhas emoções pra fora. Mas não serei justa se escrever agora...amanhã estarei mais calma e poderei narrar os fatos justamente...
B.A

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

01.10.2015

O texto anterior foi escrito para uma historiadora muito conhecida e achei pertinente colocar aqui também. Mostra bem o que um abusado passa na fase adulta e como é duro de lutar...suportar. Escrevi sobre várias consequências, tanto nos homens como nas mulheres. Aos poucos vou explicando as menos conhecidas. Não será preciso falar da insonia e transtorno alimentar...falo sempre disso aqui. E nem da ansiedade, que mais uma vez pregou um susto enorme em mim. Fiquei o dia inteiro sem comer nada...tossindo muito...cansada; à noite vomitei, mas não havia nada no estomago para isso. Só uma saliva grossa...Comecei a tossir muito...sentia um peso forte no peito e dor e aí senti as agulhadas fortes e quentes nas costas. Fiquei assustada, porém procurei ajuda e procurei manter a calma. Desesperar-se nessa hora não ajuda em nada. Foi na terça e ontem eu estava um lixo. Dores pelo corpo...um cansaço extremo. Porém ontem comecei a reagir: fiz 3 refeições...fui a pé na minha mãe (amanhã ela embarca para Alemanha) e à noite recebi um amigo do meu filho que queria conversar e pedir ajuda. Um assunto muito delicado e procurei ajuda-lo da melhor maneira possível.
Hoje vou ficar em casa...preparar a aula de amanhã...tentar fazer alguma coisa aqui em casa de útil.
Amanhã vou dar aula...ir ao banco...resolver pequenas coisas na rua. O que me anima é saber que sou capaz de fazer isso andando, apesar dos pés super inchados e doloridos e do cansaço que nem eu consigo explicar...
Hoje vou tentar me alimentar bem novamente. Por causa do maldito hormônio cortisol que produzo em excesso, estou muito inchada em certas partes do corpo. É muito desagradável...porém não deixo de comer por causa disso. Alias, quanto menos eu comer, mais inchada fico. Tenho que me "armar" de uma palavra que sempre falo para aqueles que me procuram: paciência. E seguir em frente.
B.A

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

28.09.2015

"O silencio machuca e até mata".
Meu nome não é Beatriz, porém uso o pseudônimo de Bya Albuquerque na comunidade que criei e administro faz oito anos, chamada "Filhas do Silencio". A comunidade trata do abuso sexual, com enfase em ajudar pessoas mais velhas a colocar para fora sua dor. E também mostrar as consequências devassadoras do abuso sexual, principalmente o infrafamiliar. É formada por três blogs, duas páginas, dois grupos (um fechado e outro secreto, somente para as mulheres abusadas), um e-mail e um perfil no facebook. 
Na verdade, a comunidade deveria se chamar "Filhas e Filhos do Silencio"...porém quando adentrei nesse mundo "paralelo" aos 40 anos, jamais pensei em encontrar tantas pessoas abusadas e tanto sofrimento. Por ter sido uma filha do silencio, achei que eram poucas as pessoas que foram abusadas numa época passada...
Hoje em dia o termo "abuso sexual" abrange desde o molestamento até o estupro. Muitos vivem somente uma fase...outros, assim como eu, passam por todas as etapas. Mas a pior violência é a emocional, que permanece por toda vida e que não deixa você falar. É um círculo vicioso: o emocional devora o físico e vice versa. No meu blog de depoimentos tenho menos de 100 relatos, porém tenho mais de 200 relatos arquivados, já que as vítimas não permitiram a publicação. Eu nunca peço a ninguém para que seja publicado, pois sei como um depoimento muitas vezes é difícil de ser assimilado pela própria vítima. Muitos me escrevem contando sua história e querendo apenas desabafar. Outros pedem eles mesmos para que o seu relato seja publicado no blog. Quanto mais jovem é a vítima, mais fácil lidar com o abuso. Mas tenho vítimas de 60 a 80 anos. De várias classes sociais. Às vezes recebo somente um comentário: fui ou sou uma / um filho(a) do silencio e o triste que ainda agradecem por terem conseguido falar. Fico extremamente abalada com relatos curtos e tão diretos. Imagino quanto tempo a pessoa precisou "tomar" coragem para escrever essas poucas palavras. Respeito demais todas as vítimas, alias não somente do abuso sexual, mas também do preconceito...bullying...discriminação...assédios...e da omissão social. 
O silencio machuca porque vai corroendo por dentro. Aparentemente  o abusado leva uma vida normal (dentro das suas possibilidades). Mas é somente aparentemente. Porém sofre com vários tipos de transtornos e fobias. Com a depressão, insonia, transtornos alimentares, ansiedade, vaginismo (nas mulheres), vários tipos de síndromes, como a Síndrome e Doença de Cushing, auto mutilação e baixa estima. Muito comum são a procura de drogas lícitas ou ilícitas e transtornos sexuais. Um deles já machuca e muito. Quando se juntam vários...é devastador.
Alguns não aguentam a pressão e se matam, já que não encontram forças e solidariedade necessárias para continuar sua jornada. Nesses oito anos passei por quatro suicídios dos membros e duas tentativas, uma foi nesse mês de setembro.
Falar ou escrever...são um grande alívio. O problema é que muitos não querem escutar...entender...ser solidários. Falar no fim do abuso sexual é a mesma coisa que falar do fim das drogas...da violência urbana e doméstica...corrupção. Não existe um final. mas podemos investir nas precauções e divulgar as terríveis consequências. Somente assim, quem sabe, podemos diminuir o número de filhos e filhas do silencio, a dor provocada por esse silencio e, por consequência, a morte.
B.A



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

25.09.2015

Quarta feira não dessa semana, mas da semana passada, sofri um acidente. Foi feio e o meu osso do braço saiu fora do lugar. Muita dor e incomodo. Agora já estou bem melhor, mas ontem bati sem querer o braço no lugar dolorido e pronto, comecei sentir dor novamente. Por isso não pude escrever. Minha gripe melhorou bem. Somente a minha alimentação é que vai de mal a pior e a insônia voltou com tudo. Uma coisa é você dormir duas horas por dia, outra é não dormir nada por dias. Tento descansar, é claro. Principalmente com o calor insuportável que tem feito aqui. Então tento descansar de dia e fazer as coisas à noite...
Minha ansiedade diminuiu bem e com isso eu estou conseguindo ter mais paciência com o meu filho e estamos relativamente bem...
Amanhã, ou melhor, hoje vou dar minha aula de russo e depois almoçar na minha mãe. Ela vai para Alemanha daqui a uma semana.
Tenho trabalhado com mais afinco na comunidade e estou colhendo os frutos do meu trabalho. Isso é bom, porque mostra que estou no caminho certo. Tenho interagido mais com os amigos do facebook e isso também está me fazendo bem. Aos pouquinhos estou caminhando pra frente, pelo menos virtualmente. Pena que pessoalmente continuo na mais completa solidão. E a solidão está pesando e muito. Nos finais de semana fico sozinha, já que meu filho tem viajado para acampar (o que é muito bom) e minha mãe sempre sai com os amigos dela...aqueles que me odeiam por ter revelado o abuso e para quem minha mãe não contou do abuso sofrido pela minha irmã. Então continuo sendo a mentirosa...
Fiz uma amizade que estava me fazendo muito bem, pena que a pessoa, bem mais nova que eu, começou a se perder em certas coisas e se apresentou muito imatura. É uma pena, pois eu gostava da nossa amizade, mas não tenho nem tempo e nem paciência para aguentar certas coisas. Acredito que quem não passou por um abuso sexual e um fortíssimo abuso emocional, nunca entenderá a nossa maturidade, a nossa visão das coisas. Infelizmente não posso contar aqui o que aconteceu na comunidade, pois não comprometeria ninguém. Mas as coisas que acontecem são muito sérias e doloridas e geralmente, mais que o abuso sexual...é a violência emocional que tem um peso maior. 
Amanhã é aniversário de um ex-amigo, filho de uma amiga virtual que gosto muito. Resolvi lhe dar os parabéns e farei de coração. Acredito que quando fazemos as coisas de coração e sinceridade...isso gera uma boa energia. E estou precisando e muito de energias positivas.
B.A

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

14.09.2015

Ainda não sarei completamente da gripe. Deve ser a imunidade que está baixa e falta de alimentação. E ansiedade resolveu voltar para uma "visita". Tenho dormido mal...sempre com pesadelos que beiram com a realidade. Ontem tomei 3 comprimidos de Rivotril e agora de manhã, precisei tomar mais um. Senti forte náusea, porém meu estomago estava vazio. Retrocedi no tempo...
Talvez porque ao me abrir...como tenho feito...preciso lidar com a realidade crua e nua...e não é nada fácil. Saber que não são os meus sentimentos por outros que não me deixam seguir em frente, e sim os sentimentos por mim mesma. Estou me boicotando todo o tempo. Não faço de propósito...muitas vezes nem percebo. Mas estou. Não me cuido nem fisicamente e nem emocionalmente. Então sinto-me culpada...frustrada...um lixo. Porém preciso lutar com todas as minhas forças contra isso, pois nos últimos dias não estou me sentindo bem. Uma coisa é escrever aqui...despejar os meus sentimentos sem a preocupação de quem irá ler e o que irá achar. Outra coisa é falar desses sentimentos com uma pessoa. Não é a vergonha, pois aprendi que a vergonha de se expressar é uma forma de prisão. É ficar frente a frente com os meus atos...sentimentos. Sei lá...está sendo novo para mim e talvez isso tem provocado toda essa ansiedade. Se estou magoada e escrevo...termina aí. Mas ao dialogar, você é confrontada com a realidade. Aquela realidade que tento "esconder" de mim mesma...que tento não enxergar e com isso adia-la para mais tarde. Só que cheguei num ponto da minha vida que não posso/devo adiar mais. E pensar em reagir e em mudanças mexe com todo o emocional. Estou recebendo ajuda, mas antes de tudo preciso estar disposta a me ajudar. Será que estou pronta?
Eu e o meu filho tentamos conviver civilizadamente, mas está sendo muito difícil. Como mãe e pessoa, preciso que ele me respeite mais, porém perdi todo e qualquer controle por ele. Uma situação altamente desgastante!!!
Estou dando aulas de Russo e caminhando mais. Já não sinto falta de ar e nem tontura ao sair para rua. Isso é bom.
O que falta agora é começar a me alimentar decentemente, para não me sentir tão mal. Esse é o primeiro passo que devo dar para a minha "libertação" e melhora. Um passo de cada vez...
B.A


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

09.09.2015

Continuo doente. Dessa vez a gripe me "pegou bonito". Faz tempo que não estive tão doente...gripada. O problema com o meu filho me enfraqueceu emocionalmente, baixando minha imunidade. Sem dormir e comer direito, a saúde piora. E o pior: como meu filho está também gripado e como sei que nós, mulheres, aguentamos melhor as diversidades da saúde, ele está chato...quase insuportável e me fazendo de empregada. Muitas vezes não sei como aguento ficar em pé e nem fazer as coisas. Eu queria estar sendo cuidada...deitada...porém hoje andei horrores para resolver os problemas dele. É claro que fico contente de saber que estou andando muito e sem ter problemas de respiração. Porém já me machuquei por causa do cansaço duas vezes e os hematomas são terríveis (Síndrome de Cushing).
Também estou um pouco magoada com a minha mãe. Ela me trata super bem...porém ainda não confessou aos amigos russos que me crucificaram, que a minha irmã também foi molestada...já que a mesma é tão querida por esses amigos. Acabei perdendo duas reuniões por não querer encontrar com eles...não quero criar uma situação constrangedora. Não é do meu feitio. Mas hoje disse abertamente à minha mãe o quanto me ressentia de estar sendo posta de lado. Minha mãe ficou sem graça...mas não vai querer perder os "amigos" e falei para ela que não era justo eu sendo uma vítima...ser tratada como uma mentirosa. Muitas vezes a solidão pesa demais e sei que há russos que gostariam muito de manter contato comigo. Bem...deixa pra lá. A justiça demora, mas não falha.
Sexta passada comecei a dar aulas de russo. Foi ótimo. Me senti bem e segura. E senti-me realizada novamente, já que dar aulas é a coisa que mais amo como profissão.
Amanhã é um outro dia. Comprei um remédio bom para gripe e espero melhorar logo. Sexta pretendo dar minha aula. E amanhã prometi a mim mesma que ia fechar os olhos para as frescuras do meu filho e tentar descansar ao máximo.
B.A







segunda-feira, 7 de setembro de 2015

07.09.2015

Estou doente fisicamente e emocionalmente. Muitas coisas aconteceram e algumas bem graves. Ainda não estou preparada para escrever sobre os acontecidos...mas vou. Manterei-me fiel a mim mesma...E espero que seja brevemente.
B.A

sábado, 22 de agosto de 2015

22.08.2015

Estou puterrima da vida. E como escrever me faz um bem enorme, prefiro desabafar a guardar dor e raiva dentro de mim. O dia já foi péssimo, com o meu filho de mau humor tremendo e descontando em mim. E eu estou "cheia" de ser um capacho...uma lixeira...onde todos acham que podem despejar o seu lixo, sem se importarem com os meus sentimentos!!! Já são quase nove da noite e ainda não comi nada e nem vou comer. Estou realmente esgotada fisicamente e emocionalmente.
Ontem estava "passeando" pelos canais da NET quando parei num programa que estava analisando um predador sexual. Segundo o psiquiatra forense, um abusador sexual tem dupla personalidade...vida dupla. Uma para a sociedade e outra para a vítima. E que ele não considera a vítima como pessoa e, sim, como uma coisa. Coisa que ele pode usar...usufruir...e depois guardar para a próxima vez. Foi o que meu pai fez comigo: usou e abusou do meu corpo e do meu emocional...sem se importar com a minha dignidade...os meus sentimentos...os meus sonhos e desejos. Fui apenas uma coisa para ele e não uma filha. Comentei isso hoje com a minha mãe, que também sofreu brutalidade por parte dele. Depois fui uma coisa para minha mãe também. E quando a consciência dela pesava, ela me comprava presentes e dava dinheiro. Fui uma coisa para minha irmã, que soube aproveitar bem o que lhe ofereci, mas depois jogou fora todos os sentimentos e resolveu que eu não servia mais. Fui uma coisa para o meu namorado, que durante quatro anos e meio brincou com os meus sentimentos e quando eu cansei de ser sua amante e seu brinquedinho, veio com tudo para tentar me recuperar...mas já era tarde. Não confiava mais nele. Então casei e fui e sou uma coisa para a mãe e uma das irmãs do meu marido. Nunca gostaram de mim e nem dos meus filhos e tudo piorou depois que dei o meu grito e deixei de ser filha do silencio. Ficaram indignadas, já que tem um sobrenome...são descendentes do embaixador...condes...e barões. Porém isso não paga as contas delas. Eu tenho nojo delas...em lembrar de quanto maltrataram os meus filhos...em quanta mentira foi dita sobre mim (confirmado isso pela minha mãe e pelo meu marido). Porém meu marido sempre ficou calado, esquecendo o quanto eu o sustentei tanto financeiramente como emocionalmente. Por orgulho, não comentou com a família dele o quanto me esforcei...mesmo sem forças e sofrendo assédio moral. Ou seja...nunca valorizou!!! E nesses dias fui rebaixada para uma coisa para o meu marido...que vive gritando comigo e me maltratando emocionalmente. A poucos dias de completarmos 22 anos de casados, em vez da comemoração...a separação (dessa vez definitiva). E não vou deixar por conta dele providenciar a mesma. Tenho muitos amigos advogados e sei que posso fazer o pedido num cartório. Semana que vem vou correr para alcançar a minha vida. Também me tornei uma coisa para a minha filha. Enquanto ela estava aqui...ela me abraçava...beijava...dizia que me amava e que sempre ficaria ao meu lado. !!!. Sem comentários...Hoje em dia ficamos dias sem conversar, ela nunca me liga, somente eu. E quando falamos é em questão de minutos e ela nunca mais disse que me amava e nunca pergunta como estou. E eu estou realmente cansada de tentar agradar ao marido e aos filhos e não ser correspondida. No ano que vem meu filho vai completar 18 anos. Ele sempre disse que seria a independência dele. E a minha também!!! Eles sempre estarão em meu pensamento (os meus filhos) e também não sou ingrata a ponto de esquecer o quanto o meu marido cuidou de mim. Só que a conta está alta demais...então vou tentar refazer minha vida e esperar que eles sejam muito felizes. Ou então eu me mato...mesmo sabendo das consequências como espírita. Sempre fui forte...decidida...determinada. Sempre vivi tentando agradar aos outros. Mas e eu??? Estou sozinha...isso é um fato. Então melhor ficar sozinha sem abuso emocional e tentando ser feliz. Agora vou cuidar em ser uma pessoa. Nunca se sabe o que o destino reserva para gente...
B.A


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

20.08.2015

Não adianta...não consigo dormir mesmo. Estou sentindo uma pontinha de ansiedade...mas um pouquinho só (meu uso de Rivotril diminuiu bastante). Faz um mês que não escrevo. Tantas coisas aconteceram nesse tempo: coisas boas e ruins...alegres e tristes e até aquelas que me magoaram muito. Parece que estou faz meses sem escrever...mas já passou e não vou falar sobre elas.
Continuo com problemas alimentares e de sono. Tem dias que me forço a comer qualquer coisa, somente para não ficar de estomago vazio. Também não tenho dormido muito e quando durmo, continuo tendo sonhos esdrúxulos, com direito a sentir tudo (cheiro, sabores, textura, sentimentos). Parei de fumar faz quase 3 meses e agora só falta diminuir a cerveja. Continuo, quando consigo, sair de casa e andar. Em setembro começo a dar aulas de russo (particulares). Minha aluna de português que é de São Petersburgo e passou alguns meses lá, trouxe-me de presente muito material novo, desde alfabetização até matéria mais avançada. E também um dicionário russo-português. Agora estou "armada" para voltar a dar aulas de russo...
Eu e o meu filho continuamos oscilando na nossa relação. Ontem ele passou mal, precisei leva-lo ao hospital. O médico me explicou que o tumor e a retirada de órgão mexeram muito com o seu emocional e ele vai precisar tomar um antidepressivo leve. O problema é que ele não quer aceitar que depressão é SIM uma doença e precisa ser tratada. Principalmente a dele, que perdeu um testículo aos 15 anos e não quis fazer um acompanhamento psicológico e não tomou os remédios que a psiquiatra prescreveu. Hoje tentei explicar a ele que ele sofre de depressão endógena, por causa dos hormônios alterados. O médico disse que seria a mesma coisa que se uma menina de 15 anos sofresse de câncer de mama e precisasse extrair um seio. A dor da perda...o medo...e a insegurança são normais. Infelizmente ele não quis me ouvir, pois diz que não é louco. Mas estamos nós dois no nosso limite de stress e ele está muito agressivo comigo. Depois fica arrependido, mas o mal já foi feito. Ele tem 17 anos e eu esperava que já estivesse saindo dessa fase da adolescência. Bom, sei que preciso ajudar o meu filho e é isso que pretendo fazer.
As coisas também não estão sendo 100% para minha filha em São Paulo e quem "paga o pato" também sou eu.
Meu casamento também não está bem. Tento ser paciente. Terça fui almoçar na minha mãe (foi quando o meu filho começou a passar mal). Começamos a conversar sobre as coisas e eu tive uma forte crise de choro (estou chorando agora...). Como não estou tomando antidepressivo, a realidade caiu com tudo em cima de mim. Mesmo esse mês completando 22 anos de casamento, não há mais casamento...em todos os sentidos. Minha mãe disse que me apoiaria em caso de separação e foi aí que a realidade pesou com tudo. Vou me separar e aí??? Não me sinto atraente...bonita. Sei que terei um imenso medo de me envolver emocionalmente com alguém. Não sei se serei mulher suficiente para um homem. Disse para minha mãe que o psicopata do meu pai me tirou tudo: minha carreira como antropóloga social...minha saúde...minha sensualidade e sexualidade. Além da parte material/financeira. Saber que estou reduzida a quase nada, fazendo um esforço para sobreviver e sobressair dói muito. Talvez o melhor seja esperar a crise conjugal melhorar. E como ainda comentei com a minha mãe: o que aquele monstro disse para minha irmã? E se ele disse que eu aceitava e gostava e que ela tinha que fazer o mesmo? Eu e a minha irmã não nos falamos ainda, mas pelo menos ela é feliz no casamento e trabalho e recebeu muita ajuda financeira do meu pai. A única coisa que eu queria entender da parte dela é que se ela foi abusada bem antes de eu revelar o meu abuso...por que me chamou de mentirosa e de louca e me desmereceu? Ficou com raiva porque não a protegi até o fim? Se eu soubesse que meu pai iria fazer isso com ela, com certeza teria ficado ao seu lado. Mas agora já foi e não há volta...Somente ficou presa em mim essa realidade que os antidepressivos não deixavam eu sentir e enxergar direito e a dor e o medo de não conseguir seguir em frente. Pelo menos hoje em dia falo NÃO e também aprendi a não viver somente para os outros. E aí, quando faço isso, sou taxada de egoísta...
Essa semana recebi um e-mail de um rapaz que segue esse blog. Ele disse que faz tempo que não lia as postagens, mas que de repente pressentiu que havia algo de errado comigo e que estava preocupado. Meu coração "esquentou", pois é muito bom receber carinho, mesmo na forma de preocupação.
E é isso!!! Tentarei não ficar mais tão ausente, pois além de sentir falta de escrever, deixo de registrar vários tipos de sentimentos, os quais fico remoendo nas noites insones.
B.A

segunda-feira, 20 de julho de 2015

20.07.2015

Terei de ficar afastada durante uma semana. O coração não está bom. Senti as agulhadas novamente...sinto às vezes dor...e grande problema para respirar, como se tivesse um bloco de concreto sobre o meu peito. Também estou com forte transtorno alimentar. Chegou ao ponto de eu não me alimentar mais e isso causa uma fraqueza enorme. Faz quatro dias que estou de cama e estou negligenciando minha casa. Porém hoje eu realmente me permiti ficar deitada (sem cobrança), já que a Athena voltou a ter convulsões e a noite não foi fácil. Não durmo quase nada, mas estou conseguindo contornar a ansiedade por não dormir. Alias, emocionalmente estou bem. Mas fisicamente...É como eu sempre digo: é um círculo vicioso (emocional e físico), um sempre atrapalha o outro. Se não estou comendo é por causa do emocional que causa problemas físicos, como uma fadiga enorme. Só sei que essas consequências do abuso terei de carregar para sempre e todos os dias procuro conviver da melhor maneira possível com isso. E pensar que tem gente que acha que o abuso a gente esquece...que depressão é frescura...que não devemos pensar no que aconteceu. Eu não penso no abuso que sofri, mas não tenho como atenuar suas consequências. Por isso vivo um dia de vez, tentando não me cobrar tanto, já que passei a vida sendo cobrada e tentando agradar aos outros.
A relação com a minha mãe está muito boa. E isso me ajudou a sair da depressão. Agora vou tentar reconstruir a relação com a minha irmã, tentar compreender os seus atos comigo já que ela também passou pelo abuso.
Meu filho está "ausente" de novo...ou seja: deprimido. Não fala com os amigos, não sai, não paquera. Se alimenta mal. Mas estamos nos dando bem...ele está mais cooperativo.
Não acho que minha filha está 100%, porém sei que é assim mesmo. Responsabilidades...cansaço...clima e rotina diferentes. Ela é forte e vai se acostumar. Pelo menos considero que ela está bem melhor com o pai do que aqui comigo.
A verdade é que estou cansada. Com melancolia. Sei que é uma palavra forte, mas não estou deprimida e nem triste. Sinto uma certa tristeza, mas por perder o rumo da minha vida, por não saber o que fazer. Se por um lado estou melhor, por outro estou "escondendo" certos sentimentos de mim mesma...só que sabemos que não tem como esconde-los. Simplesmente não sei o que fazer!!! Vou deixar nas mãos do destino e do tempo. (Isso não tem haver de eu não estar bem emocionalmente...na verdade é por melhorar que estou enxergando as coisas de uma maneira diferente...o que provoca certos conflitos em mim. Na depressão, vc deixa o tempo passar e não fica racionalizando).
B.A