quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31.12.2015

Última postagem do ano. Ainda não estou 100%. Tem dias que estou melhor e outros não. A crise de ansiedade está fortíssima e a dor no peito...coração...e dificuldade para respirar atrapalham muito. Vou trabalhar ao máximo nesse novo ano para tentar sanar isso...já que sei que a maior causa é emocional. Tentar com todas as minhas forças ignorar as agressões verbais do meu marido...minha filha...e principalmente da minha mãe e meu filho.
No dia 23 meu marido e minha filha chegaram para passar os 10 dias aqui. Mal falo com o meu futuro ex marido. A distancia entre a gente é enorme. Ele sempre tenta me criticar...até o ponto em que estouro. É muito desagradável tudo isso. Não tive o clima para a alegria do Natal...aliás, nem nos desejamos um "Feliz Natal". Ele faz de tudo para ser amigo do filho, esquecendo o que ele aprontou. Conversou com ele brandamente e só. E eu é que fique com o resto quando eles forem embora...Mas é meu filho e tenho que ser forte até ele completar 18 anos. Como, eu não sei...mas mantenho sempre a esperança de dias melhores.
Fiquei muito feliz em rever a minha filha e com a sua vitória em ter entrado na melhor faculdade de jornalismo do país. O problema são as mensalidades de 2.000,00. Mas sabemos da capacidade dela e espero que dê tudo certo para ela fazer o curso, já que tem esse dom para escrever. Ela está muito bonita...bem mais magra...e bem mais ativa. Estou muito feliz por e com ela. Após tudo que passou, ela merece sim.
Meu marido ajudou a arrumar uma parte da casa, mas hoje está gripado e desconfio que vai usar a desculpa da gripe até ir embora. De qualquer jeito já ajudou e muito. Queria que a casa estivesse perfeita para a passagem do ano...mas não será possível. Paciência!!! Até mesmo porque não estamos com nenhum ânimo para receber o Ano Novo...
Meu marido continua me privando de dinheiro e como não dei aulas em dezembro e nem irei dar em janeiro estou super preocupada com a situação. Nunca antes passei por um aperto tão grande!!! E acho que é esse o fator da forte crise de ansiedade. Terei de mandar desligar a NET e passar novamente para o TIM pré pago. A ajuda que recebi se foi ao pagar as contas de novembro e dezembro. Fazer o que? Mas vou tentar usar a internet umas duas vezes por semana na casa da minha mãe e o telefone quase fica mudo, então bola pra frente...nada de desanimo pois dias melhores virão. O importante é saber que sou capaz...estou descobrindo essa capacidade...essa força que eu havia esquecido em mim. E quando finalmente essa fase ruim terminar, sei que irei me valorizar mais. Eu sinto isso...sinto uma força ainda latente que está por vir com tudo.
Consegui terminar o ano fazendo 3 coisas importantes: admitindo os meus erros...me desculpando...e fazendo (ou pelo menos tentando) fazer as pazes, principalmente com os meus sentimentos em relação a certas pessoas. Sei que vou começar o 2016 com pouquíssimas pendencias emocionais e isso é muito para mim, pois aos poucos estou perdoando e com isso me respeitando mais.
Já são mais de seis e meia da tarde. Nada está pronto. Tivemos ceia de Natal...mas não vamos preparar quase nada para a passagem. Esse ano não teve decoração aqui em casa e nem compramos champanhe. Se bobear, vou dormir cedo. Só espero que no final do ano que vem as coisas sejam diferentes...mais positivas...mais animadas para mim. A fé e a esperança é que me movem para frente. Sempre.
Ah...estou ruiva, mas um ruivo mais escuro. Aprovadíssimo por todos. Que eu tenha força para aguentar até o fim do dia...
B.A

sábado, 19 de dezembro de 2015

19.12.2015

Final de ano, estou sentindo a solidão de fim de ano que leva tantos ao suicídio. Não quero e nem vou cometer um...mas entendo porque tantos abusados sexualmente e emocionalmente cometem. A falta de carinho...compreensão...solidariedade. O descrédito da família. Quando uma mulher apanha do marido e ficam as marcas, ninguém tem como negar de que foi uma vítima da violência. Mas os abusos sexual e emocional não deixam marcas visíveis e é nessa hora que você percebe o quanto está sozinha. Aqueles "amigos" que pareciam gostar muito de vc...somem. Simplesmente assim. Se sobrevivi até hoje foi graças ao carinho recebido dos amigos virtuais. Não sei o que aconteceu e nem pretendo me culpar por esse sumiço. Não vou "enlouquecer"...vou seguir em diante. Não vou desistir. Um dia de cada vez. Nada melhor que o tempo. Algumas pessoas te machucam...mas vc até tenta entender o porquê. Outras vc não entende a razão e isso é a pior coisa. É como se você tivesse sido usada e jogada fora...não há sensação pior e mais triste. Eu, sempre com o meu jeito quieto e pacato atraí esse tipo de pessoas. Pessoas que acham que vc é fraca e desprotegida. Paciência. O tempo irá demonstrar quem eu sou...que não quero mal a ninguém...e que apenas estou lutando eu mesma para me AMAR...RESPEITAR...E ACEITAR como sou. Não sou e nem me considero uma vítima do destino. Eu fiz isso comigo aceitando as ações dos outros e me calando por anos. Somente quando abri a comunidade é que comecei a receber reforços emocionais. E ao abrir esse diário, meu grande amigo, é que pude de uma maneira racional pensar nos acontecimentos, nos fatos e analisá-los sem pressa e cobrança. Sou culpada...assim como tantos outros que me magoaram através do tempo e produziram consequências nada boas. Mas...acima de tudo...a culpa é minha. Mais uma citação do meu avô: quem sai na chuva é para se molhar. Estou no meio de uma tempestade...enorme turbulência emocional que causa os problemas físicos. Não consigo sair do lugar, porém na verdade estou, aos poucos, tentando tomar uma direção. Não sei se é certa...mas uma coisa eu percebi: estou me RESPEITANDO mais. Agora falta me amar e me aceitar. Aos poucos...sem pressa e com muita paciência para fazer tudo corretamente. Afinal, estou completamente sozinha...doente fisicamente e emocionalmente e sem ninguém para me estender a mão. Ontem eu quis escrever isso...mas a dor de cabeça era tão forte que precisei esperar até hoje. 
Ontem foi um dia bem melhor. Apesar de ter sido acordada às 3 da manhã e só ter ido dormir à meia noite e agora são cinco e pouco da manhã, me senti um pouco melhor. Consegui comer de manhã (um pouco) e fiz comida. Estava boa, pois modéstia a parte, odeio cozinhar. Mas se for...capricho. Uso temperos variados...legumes. A prova disso (e senti-me altamente elogiada) mesmo sem palavras foi que o meu filho comeu 3 pratos e olha...ele tomou um bom café da manhã. Meu filho...minha enorme luta. Altamente egoísta e egocêntrico (fato que ele admite com muito orgulho). Raramente é gentil comigo...muito incessível e grosseiro. Mal fala comigo...só quando quer algo. Essa semana telefonei ao meu psicólogo (minha atual situação econômica não permite pagar uma consulta de 350,00). Eu tenho o telefone da sua casa e conversamos um pouco. Foi bom. Ele disse que não posso mais aceitar certas coisas de ninguém, pois a única prejudicada sou eu. Pediu para eu não deixar de escrever aqui...pelo contrário...aumentar as postagens e a digestão dos sentimentos. E disse uma outra coisa: que até o final do ano eu preciso colocar um ponto final em muitas pessoas e que devo fazer isso para começar a me sentir mais aliviada e em paz. Disse que não mereço passar por toda essa agonia...mesmo cometendo erros...mas quem não os comete??? Vou seguir o seu conselho...
Ontem permaneci em casa. Tinha dormido pouco e o calor estava exuberante. Não consegui sair. Hoje meu filho vai para casa da minha mãe e vai dormir lá. Então vou aproveitar e descansar hoje também, pois para amanhã planejei arrumar o meu quarto. E na segunda, se Deus quiser, vou finalmente sair de casa...pagar as contas e comprar algumas coisas para colocar na geladeira. O bom é que não estou me cobrando. Não consigo e pronto!!! Pois sei que quando é a hora certa eu CONSIGO...!!!
Aproveitei que ontem acordei de madrugada e resolvi várias coisas no face. Fechei o perfil da Bya e tirei cerca de 15 pessoas do perfil pessoal. E vou tirar mais. Postei...curti...arrumei os meus álbuns...minha bela coleção virtual. Hoje pretendo, daqui a pouco, descansar mais e depois deixar o dia "me levar". Ontem consegui segurar a crise de ansiedade e não tomei Rivotril. Só que agora precisei tomar um por causa da taquicardia...não pela ansiedade. Tenho muito medo de passar mal novamente sozinha como estou...
Vi que tenho uma seguidora agora nesse blog. Achei que quando minha filha abriu o mesmo, tinha pedido a opção sem seguidores. Não que me importe...mas a quem pode interessar os desabafos e os desatinos de uma mulher de 48 anos...sem perspectivas e sem esperanças? Sei que esse blog já ajudou a várias pessoas e se isso a ajudar...seja bem vinda. Estou feliz que finalmente o número de visualizações diminuiu...pois assim fico mais à vontade nesse meu espaço. Até o final do mês vou tentar acabar com certas coisas (emoções...relacionamento com as pessoas) e tentar novas oportunidades e reconstruir ou buscar novos relacionamentos. ESSE ANO FOI MUITO RUIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Muito mesmo!!! Fiquei altamente doente fisicamente e emocionalmente. Fui muito machucada por certas pessoas (minha mãe e meu marido estão na lista...). Mas há uma coisa que já dura décadas (é claro que sei que é coincidência...porém uma boa coincidência). Todos os anos ímpares fora péssimos e os pares bem melhores e com bons acontecimentos. E é com essa esperança que 
vou aguardar a chegada de 2016.
B.A

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

17.12.2015

Ainda não estou 100% e isso significa estar deitada...não fiz compras...não paguei nenhuma conta desse mês...não cortei e nem pintei o cabelo. Continuo dormindo muito pouco, a ponto da vista ficar doendo ao ver TV. E sempre com sonhos super realistas...como se eu estivesse vivido dias dentro deles e, na verdade, na maioria das vezes nem se passaram 50 minutos. Isso acaba gerando muita tensão e ansiedade. Não estou conseguindo comer...a ponto de vomitar sangue e muco...e nem consigo escovar os dentes direito por causa da enorme náusea. Ontem nem entrei na net...só para dar os parabéns. Hoje e anteontem consegui curtir as postagens da maioria dos amigos do face no perfil pessoal. Estou fechando o perfil da Bya. Não estou dando conta e além do mais, as postagens referentes ao abuso sexual podem ser vistas na página "Filhas do Silencio". Na Bya pouquíssimas pessoas curtem as postagens, mesmo tendo quase 3 mil amigos. No perfil pessoal tenho 217 e as curtidas são bem mais. Também já fechei o Blog de Depoimentos. O engraçado é que passei a grande maioria do pessoal da comunidade do perfil pessoal para o da Bya e nem eles curtem. Vou perder a grande maioria das pessoas da comunidade...mas não lamento. Fico somente triste em ver que há pessoas de quem gosto muito e que se afastaram de mim sem eu saber o motivo. Achei que fossem amigos...mas são apenas conhecidos. Porém sei que a vida é assim mesmo...cada um com o seu interesse. Mas que fico triste, fico.
Aos poucos meu marido está aceitando a separação e isso melhora nossa relação como amigos. Espero que aceite de vez, pois gosto muito dele e foram 27 anos de vivencia (que não se jogam fora). Vamos ver se no Natal ele fica em São Paulo e se o meu filho vai passar o Natal com ele. Prefiro assim pois não sinto ânimo de nada. Não coloquei nenhum enfeite e nem fui ver os enfeites da cidade como pretendia fazer. Não estou triste por isso. Natal para mim não é o dia em si e sim o clima festivo. Caso eu fique sozinha (não pretendo passar com a minha mãe com a qual não falo faz uma semana), vou comemorar do meu jeito...imersa em reflexões e orações. Além disso tenho os pets. Não faço questão da ceia e etc...Quero paz. Tranquilidade. Saber que os meus filhos estão bem.
Nunca me senti tão sozinha...mas isso é bom por um lado. Sinto-me totalmente vazia por dentro e preciso me preencher. E é exatamente isso que pretendo fazer esse final de ano. O resto é o resto...não vale a pena chorar pelo leite derramado, como sempre dizia o meu amado avô. 
B.A

domingo, 13 de dezembro de 2015

14.12.2015

São mais de 3 da manhã. Não consigo dormir, mas descansei um pouco ao voltar do hospital. Ontem...às 22:00...estava passando mal, porém atribuí o mal estar ao stress...já que tinha tido uma discussão feia com o meu filho. Nas mulheres, a crise de ansiedade mescla bem os sintomas de infarto, então achei que estava tendo uma forte crise de ansiedade. Sintomas de sempre: enjoo, azia, dor nas costas e no ombro esquerdo, o coração doía como se alguém o estava apertando e não conseguia respirar, com aquela sensação de peso enorme sobre o peito. A única diferença é que notei que as unhas estavam bem arroxeadas e foi isso que me deixou alerta, pois não tinha acontecido antes. Para variar, eu estava sozinha. Liguei para o meu marido que estava num bar com os amigos e comentei que ia ao PS. Chamei um táxi e fui. Ao chegar eu já não estava conseguindo respirar direito e minhas unhas estavam roxas. Passei na frente de todos, fiz eletro e o médico disse que estava tendo um pré infarto. Avisaram o hospital e fui de ambulância. Chegando lá fiz um ultrassom de coração. O médico confirmou o diagnóstico...fui levada às pressas para um quarto...colocada no oxigênio e tomei injeção de adenosina (um vasodilatador). Como a minha ficha foi junto do PS, os médicos viram que era o quarto pré infarto e viram o histórico de ansiedade. O médico perguntou se eu queria que chamassem alguém. Mas quem??? Minha mãe...que indiretamente foi responsável pelo alto nível de stress? Meu filho que também foi e é menor de idade? Disse ao médico que não tinha ninguém...que eu era sozinha. Ele respondeu que não poderia ser...por causa da família tradicional. Olhei para ele e não respondi. Ele olhou bem fundo nos meus olhos...até demorou um pouco...mas não disse nada. Fiquei internada por 18 horas, tomando o soro para hidratar. Quando o médico me deu alta comentou que se eu tivesse demorado mais uma hora, teria tido o infarto e talvez morrido. Disse que eu estava anêmica...desnutrida. Eu respondi que tenho Doença de Cushing e ele ficou quieto. Pediu para eu trocar de roupa e que esperasse por ele. Quando voltou (antes disso passei por um outro eletro) ele estava sem o jaleco e disse que já ia embora...mas que ia me deixar em casa. Eu fiquei muito sem graça, só que pelo olhar dele e pela aliança que usava percebi que não era uma cantada...era somente preocupação...talvez por saber quem era a minha família. Chegando em casa não consegui dormir...fiquei vendo TV...dei uma explicação básica ao meu marido (futuro ex). Somente à tarde (e sem comer nada) é que consegui descansar umas horas. Eu tinha pedido ao meu marido para não comentar nada com a minha filha, já que ela teve um exame à tarde. Achei que fosse ficar preocupada. Doce ilusão!!! Quando falei com ela à noite, ela não perguntou nada. Então perguntei se o seu pai tinha contado o que aconteceu. Ela confirmou e disse que sentia muito e mudou de assunto...como se fosse algo normal. Quando o meu filho voltou e eu quis contar a ele, recebi a seca resposta de que não o interessava nada sobre mim. Ao comentar isso com o meu marido recebi a resposta que é assim mesmo. O que é "assim mesmo"??? Será que fui tão ruim como mãe??? Não acredito... Pois investi a minha vida na maternidade...Bom, deixa pra lá. Ficar triste não resolve. Tudo isto não resolve nada. Saber que estou só...também. Vou tentar descansar mais um pouco. Tudo isso serviu para me mostrar que estou no caminho certo. E eles que se danem, pois no dia que eu me for vão sentir falta...mas aí será tarde demais.
B.A

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

11.12.2015

Ontem o dia foi péssimo...um verdadeiro caos. Não deveria ter saído da cama...de casa. Após escrever aqui, deitei um pouco esperando o horário para tomar um banho. Mas antes pesquisei duas cidades que eu queria. E senti medo...muito medo. Na verdade pavor. Insegurança. Não tenho como ir para algum lugar onde não conheço ninguém. Não tenho estrutura emocional para isso...para a mudança. Se eu estivesse sozinha, poderia no início procurar uma pensão e aos poucos, uma casa. Me estruturar. Mas tenho 3 pets que dependem de mim...que me amam incondicionalmente...e aos quais eu amo de todo coração. Jamais teria coragem de abandona-los e ninguém da família pensa neles. Então o jeito será ficar aqui, mas não nesse bairro. Existem bairros mais simples e dos quais eu gosto. São dois e vou começar a procurar uma casa pequena com quintal e me capitalizar. Vou deixar essa casa com tudo dentro, menos as minhas coisas russas e os meus amados livros. O resto não faço questão...Além disso sempre há uma parte da família que só conheço virtualmente, mas que aparentemente gostam de mim e numa precisão maior poderia recorrer a eles...fora os conhecidos (também virtuais). Fiquei muito tensa ao sentir o medo e a insegurança...porém agora me sinto um pouco mais segura. Fomos para casa da minha mãe e foi uma m....Desde as brigas com o meu filho até as provocações e agressões verbais da minha mãe. Saí tão nervosa que ao chegar em casa precisei tomar dois Rivotris. Desliguei o telefone...não quero falar com a minha mãe. Não vou brigar ou me estressar...mas também não vou mais vê-la, pois não sou lixeira onde ela pode despejar o seu fel. Não fiz nada, mas ela voltou a me tratar agressivamente e sem nenhum motivo. Entendo o meu filho ser agressivo comigo...mas ela não. Então que fique na dela e eu na minha. Toda essa situação é um verdadeiro inferno do qual quero sair o mais rápido possível. Após tomar o Rivotril, lá pelas seis da tarde, consegui dormir cerca de 3 horas e estou acordada até agora. Ontem, de tanto nervoso, tive uma coisa que raramente...mas muito raramente tenho. Chamo de "nervosismo": quando vc não encontra uma posição...as pernas ficam tremendo e os braços também. Não dá para ficar sentada...deitada...e nem de pé. É horrível!!! Fora a forte dor de cabeça. Hoje já precisei tomar mais dois calmantes. Tudo isso é altamente irritante, já que pretendia sair para fazer os pagamentos. Mas não vou conseguir. Saí um pouco antes das seis, para caminhar um pouco. Mas não me senti bem e voltei logo para casa. O jeito é me armar de toda a paciência do mundo...
Queria contar sobre como meus filhos sofreram por causa do abuso que sofri, mas não estou bem emocionalmente...já que é uma das coisas execráveis que minha mãe sempre faz: ficar comparando os meus filhos com os dos outros...como, alias, sempre fez comigo. Espero conseguir escrever amanhã e com isso colocar esse tipo de ressentimento para fora. Hoje vou ficar quietinha, pois não quero tomar mais calmantes. De manhã...como só almocei ontem...tomei um pouco de canja e vou ver se consigo descansar. Sempre na esperança de um dia melhor.
B.A

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

10.12.2015

Ainda não estou bem Não consigo dormir e nem comer. Minha alimentação se resume a alguma coisa uma vez por dia e bem leve. Hoje devo pegar as sopas que minha mãe fez para congela-las e tentar ter uma alimentação melhor. Não sinto fome e nem apetite. Não consigo dormir ou descansar e a dor de cabeça é bárbara. Meu filho em plena depressão...só ontem que religou o celular e saiu um pouco. Meu coração de mãe fica dilacerado ao vê-lo desse jeito. Mesmo ele descontando tudo em mim, mãe é mãe...
Sei que estou novamente deprimida...conheço bem os sintomas. Principalmente por ser um período de festas. Não montei minha árvore de Natal. E não faço a mínima ideia de como será o final de ano. Ainda não paguei as contas desse mês e nem fiz as compras. Preciso fazer isso o mais urgente possível, mas está difícil de sair de casa. Minha mãe tem ajudado e muito. Semana passada veio me buscar com um amigo que a levou até um supermercado. Comprou carne para mim e acabei fazendo a minha única refeição do dia com ela. Não dei aula na sexta, pois estava sem as mínimas condições. Desmarquei por duas vezes o corte e a pintura do cabelo. As coisas não estão nada bem, pois mal tenho entrado na internet. Pelo menos sei que a minha filha está bem.
Minhas aulas particulares só voltam em fevereiro. Para mim é péssimo, pois eram a minha única fonte de renda, já que faz meses que não recebo nenhum dinheiro...nada mesmo do meu marido. Está me castigando pela separação? Acredito que sim...Até esse mês ainda tenho como me manter. Mas como vou fazer em janeiro? Essa preocupação não sai do meu pensamento, mesmo com a minha política de viver um dia de cada vez.
Muitas vezes a dor interior ainda aflora com tudo...mas imediatamente eu a sufoco. Não quero me entregar, pois com tudo que passei percebi que em vez de me fechar numa concha, tenho muita garra de melhorar emocionalmente. Isso é raro e não quero perder isso por nada. Meu filho está fazendo planos para o ano que vem...vai sair de Ribeirão. Eu vou esperar até o meio do ano, pois preciso planejar bem o que vou fazer, já que tenho 3 pets. E não quero morar numa cidade grande...vou procurar uma pequena onde poderei recomeçar a minha vida e, principalmente, fazer amizades. Nesse mais de cinco anos de Ribeirão não tive um único amigo (a) aqui. Infelizmente nesse quesito minha mãe chega a ser maldosa, já que me separa de todos os possíveis amigos. Ela sempre fez isso, sempre tentou e tenta me minimizar e não entendo qual é o prazer que sente em me isolar e ser amiga das pessoas que tem a minha idade, já que tem a turma dela...alias, duas. Mas com quase 76 anos é impossível esperar que a pessoa mude, então quero uma cidade pequena onde eu possa fazer a minha vida social e onde possa trabalhar. Já pensei em algumas...vou começar a pesquisar melhor sobre elas. Quero uma cidade perto do Estado de Paraná, por causa do clima mais ameno. Tenho que morar em casa por causa dos pets...mas a casa pode ser pequena...não tenho necessidade e nem gosto de espaços grandes. Recomeçar!!! Estou animada com isso. Minha filha está planejando morar com amigas (tipo de uma república) e estou feliz por ela...pela guinada que sua vida deu. Meu filho quer ir para São Paulo...mas principalmente para Campinas. Ele é muito inconstante e não sabe direito o que quer, mas não vou mais viver em função dos seus mirabolantes projetos, que a cada instante ele muda. Não posso e nem quero. Preciso buscar o meu caminho...retomar a minha vida. E o meu marido, como sempre, vai ficar na casa da mãe. É lógico que não estou abandonando ninguém. Pretendo manter sempre contato e a porta da minha casa e da minha vida estará sempre aberta a eles. Porém meus filhos estão na fase de bater as asas e acho isso ótimo. E a última coisa que fazem é incluir-me em seus planos, o que é normal, pois sempre criei os meus filhos para o mundo e, modéstia a parte, ofereci do bom e do melhor para que tivessem condições para isso. Quero escrever sobre como o abuso tanto sexual como emocional afetaram as "crianças". Mas minha cabeça dói muito...são cinco da manhã...preciso buscar as sopas. Amanhã, SEM FALTA, tenho que fazer os pagamentos e comprar comida para o final de semana. Eu já tinha feito uma parte das compras, mas era mais material de limpeza e tb alguma comida. Agora preciso comprar mais comida...ração para os pets. Farei isso semana que vem. Esse final de semana quero colocar as coisas em ordem na internet...estou em falta com 3 pessoas. Só espero conseguir fazer o que preciso...e espero não deixar que a melancolia tome conta do meu ser.
B.A

domingo, 6 de dezembro de 2015

06.12.2015

Passei a semana inteira com uma forte virose...fato que me fez permanecer de cama. Com certeza somatizei o emocional para o físico, já que na sexta tomei uma resolução importante e ontem também. Hoje acordei bem melhor...sem enjoo e sem tontura. E aliviada por terminar algo que estava me fazendo tão mal.
Essa semana também teve um acontecimento importante para mim. Minha irmã me escreveu...respondi e ela também respondeu. Aos poucos vamos tentar nos reaproximar. Isso é bom, pois guardar ressentimentos...mesmo com razão...não traz nada de bom. Então vamos nos dar essa chance.
Semana ruim com o filhote. Sempre me agredindo. Sou obrigada a me armar com toda a paciência, porém não é fácil e cada vez mais parto para briga também. Muito lastimável isso. Sei que tenho que passar por todas essas provas, só que tudo isso está me deixando nervosa e doente.
O lado positivo é que aos poucos estou redescobrindo minhas forças e lutando pelo meu bem estar...
Minha cabeça ainda está doendo, então vou parando por aqui. Mas ainda tenho muitas coisas a escrever...
B.A