domingo, 30 de março de 2014

30.03.2014

Estou começando o meu diário. A necessidade de falar com alguém, sem ser eu mesma é tão grande que resolvi simplesmente escrever...não em um caderno, mas num blog...sem fazer divulgação. Vou começar a partir do dia de hoje, sem me ater ao passado. Mas é claro que ele estará sempre presente, pois interfere diretamente no meu presente e interverá indiretamente no meu futuro.
O que leva uma mulher de 46 anos a escrever? Solidão...uma imensa solidão. Não tenho amigos no mundo real, somente no virtual e o virtual já não me satisfaz mais. Então é melhor colocar para fora de algum jeito...desabafar...me abrir. Esse diário será o meu terapeuta...a terapia que nunca consegui fazer.
Tentarei ser sincera ao máximo comigo mesma. Não posso ocultar de mim mesma certos fatos. E como acredito que ninguém se interessará por uma mulher madura botando pra fora os seus sentimentos, tentarei ficar tranquila e ser franca.
Domingo. Dia mais chato. Não consegui me alimentar. Tomei somente cerveja e comi dois vidros de pikles, que ajuda a minha pressão subir. Noite super mal dormida. O pouco que durmo, tenho sonhos perturbadores, que me deixam mais cansada ainda. Totalmente desanimada...Da cama vou para o notbook e vejo a comunidade...respondo as mensagens ou e-mails e faço as minhas postagens. Depois sento-me na chez long e fico assistindo TV. Mas no domingo a programação é um porre. Mesmo na TV paga. Pulo de um canal para o outro e não consigo encontrar satisfação em nada. Às vezes encontro um programa sobre cultura ou história e acabo me distraindo um pouco. Algumas vezes revejo um filme brasileiro...adoro cinema nacional. Daqui a pouco tomo o Rivotril e vou dormir...sempre na perspectiva de uma semana melhor. Mas como tenho o que chamo de "síndrome de domingo" e como não encontro sonífero que faz efeito, é capaz de passar a noite acordada. Faz parte...já estou acostumada. Antigamente ainda conseguia dormir de dia, porém desde que parei de tomar fluoxetina...nem isso. Não sei o que é pior. Mas acho que ficar acordada me dará mais possibilidades de progredir. Ou não. Não sei, não sou especialista. A única coisa que espero e que desejo muito é amanhã poder sair dessa letargia e fazer algo de bom.
E é isso. Aos poucos quero "vomitar" as minhas mágoas...a minha tristeza e espero que escrevendo isso aconteça.
B. A