sábado, 22 de agosto de 2015

22.08.2015

Estou puterrima da vida. E como escrever me faz um bem enorme, prefiro desabafar a guardar dor e raiva dentro de mim. O dia já foi péssimo, com o meu filho de mau humor tremendo e descontando em mim. E eu estou "cheia" de ser um capacho...uma lixeira...onde todos acham que podem despejar o seu lixo, sem se importarem com os meus sentimentos!!! Já são quase nove da noite e ainda não comi nada e nem vou comer. Estou realmente esgotada fisicamente e emocionalmente.
Ontem estava "passeando" pelos canais da NET quando parei num programa que estava analisando um predador sexual. Segundo o psiquiatra forense, um abusador sexual tem dupla personalidade...vida dupla. Uma para a sociedade e outra para a vítima. E que ele não considera a vítima como pessoa e, sim, como uma coisa. Coisa que ele pode usar...usufruir...e depois guardar para a próxima vez. Foi o que meu pai fez comigo: usou e abusou do meu corpo e do meu emocional...sem se importar com a minha dignidade...os meus sentimentos...os meus sonhos e desejos. Fui apenas uma coisa para ele e não uma filha. Comentei isso hoje com a minha mãe, que também sofreu brutalidade por parte dele. Depois fui uma coisa para minha mãe também. E quando a consciência dela pesava, ela me comprava presentes e dava dinheiro. Fui uma coisa para minha irmã, que soube aproveitar bem o que lhe ofereci, mas depois jogou fora todos os sentimentos e resolveu que eu não servia mais. Fui uma coisa para o meu namorado, que durante quatro anos e meio brincou com os meus sentimentos e quando eu cansei de ser sua amante e seu brinquedinho, veio com tudo para tentar me recuperar...mas já era tarde. Não confiava mais nele. Então casei e fui e sou uma coisa para a mãe e uma das irmãs do meu marido. Nunca gostaram de mim e nem dos meus filhos e tudo piorou depois que dei o meu grito e deixei de ser filha do silencio. Ficaram indignadas, já que tem um sobrenome...são descendentes do embaixador...condes...e barões. Porém isso não paga as contas delas. Eu tenho nojo delas...em lembrar de quanto maltrataram os meus filhos...em quanta mentira foi dita sobre mim (confirmado isso pela minha mãe e pelo meu marido). Porém meu marido sempre ficou calado, esquecendo o quanto eu o sustentei tanto financeiramente como emocionalmente. Por orgulho, não comentou com a família dele o quanto me esforcei...mesmo sem forças e sofrendo assédio moral. Ou seja...nunca valorizou!!! E nesses dias fui rebaixada para uma coisa para o meu marido...que vive gritando comigo e me maltratando emocionalmente. A poucos dias de completarmos 22 anos de casados, em vez da comemoração...a separação (dessa vez definitiva). E não vou deixar por conta dele providenciar a mesma. Tenho muitos amigos advogados e sei que posso fazer o pedido num cartório. Semana que vem vou correr para alcançar a minha vida. Também me tornei uma coisa para a minha filha. Enquanto ela estava aqui...ela me abraçava...beijava...dizia que me amava e que sempre ficaria ao meu lado. !!!. Sem comentários...Hoje em dia ficamos dias sem conversar, ela nunca me liga, somente eu. E quando falamos é em questão de minutos e ela nunca mais disse que me amava e nunca pergunta como estou. E eu estou realmente cansada de tentar agradar ao marido e aos filhos e não ser correspondida. No ano que vem meu filho vai completar 18 anos. Ele sempre disse que seria a independência dele. E a minha também!!! Eles sempre estarão em meu pensamento (os meus filhos) e também não sou ingrata a ponto de esquecer o quanto o meu marido cuidou de mim. Só que a conta está alta demais...então vou tentar refazer minha vida e esperar que eles sejam muito felizes. Ou então eu me mato...mesmo sabendo das consequências como espírita. Sempre fui forte...decidida...determinada. Sempre vivi tentando agradar aos outros. Mas e eu??? Estou sozinha...isso é um fato. Então melhor ficar sozinha sem abuso emocional e tentando ser feliz. Agora vou cuidar em ser uma pessoa. Nunca se sabe o que o destino reserva para gente...
B.A


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