segunda-feira, 25 de maio de 2015

26.05.2015

São mais de duas da madrugada e a ansiedade não me deixa em paz, apesar de ter tomado o remédio. Acabei de jogar água no quintal...desisti de dormir...resolvi escrever...e depois volto para TV.
Dia 21 meu filho fez 17 anos. Saímos para jantar no seu restaurante preferido e ao voltar tivemos uma briga terrível...que continuou no dia seguinte. Foi muito triste para mim e para ele. Um stress só. Tudo por causa do moto clube que ele quer entrar e eu era contra, pois ele é menor de idade, o clube fica longe de casa e eu não queria que ele participasse, pois sei que vai beber e tenho medo também das drogas. Porém no dia 22 recebi o livro do meu amigo virtual (um ator super conhecido e premiado). Nesse dia fui dormir de madrugada e acordei duas horas depois. Então resolvi ler o livro (li em poucas horas...já que tenho leitura dinâmica), que é maravilhoso e me fez refletir sobre muita coisa...me redescobrir e me reencontrar em certos pontos. Há livros assim, que fazem vc repensar certas coisas e que no final te deixam mais leve e decidida. Uma vez dei o livro "Comer, Rezar e Amar" para uma amiga que estava passando por momentos difíceis. Até hoje ela me agradece, pois mudou sua vida. Eu também li o livro e gostei muito, mas não a ponto dele me modificar. Esse livro que li na madrugada do dia 23 não é de auto ajuda...é mais uma biografia ou como define o autor: uma viagem. Fiz a viagem com ele e através de mim mesma...e no dia 23 me senti diferente, mais forte e menos crítica. Resolvi deixar meu filho participar do moto clube e estou sempre ouvindo o que ele me fala a respeito do mesmo. Então, nessa manhã (no dia 23) eu levantei e dei um beijo nele...selando nossa paz. E no domingo senti uma paz enorme  dentro de mim...muita força e esperança. E com isso, parece que atraí sorte...resoluções positivas...e, principalmente, eu e meu filho estamos super bem...amigos mesmo.
Além de todo o abuso físico e emocional que sofri, fui criada por um psicopata e uma cientista...ou seja...não podia demonstrar minhas emoções. Toda família do meu pai é cheia de cientistas e doutores, então precisei me fechar e não demonstrar os sentimentos. Em vez de carinho, recebia dinheiro dos meus pais. A palavra "psicóloga" era mal vista...depressão era frescura. Desde pequena me condicionei a ser dura e crítica, fato também que se deve de ter sido criada até os 10 anos em Moscou ou Rússia comunista. Com o tempo adquiri a resistência e a resiliência necessárias para sobreviver. Jamais vivia relaxada. Era dura com os outros e, principalmente, comigo mesma. E após o nascimento dos meus filhos continuei sendo dura com eles também, apesar de sempre ser uma mãe amorosa e amar incondicionalmente os meus filhos. Somente esse ano é que aprendi a abraça-los sem sentir vergonha e a dizer o quanto os amo do fundo do meu coração. E o livro me trouxe outras possibilidades: a principal de todas é não sentir vergonha de demonstrar os meus sentimentos...ir em frente, apesar das dificuldades e aceitar o fato (e é realmente um fato) que criei os meus filhos para o mundo e preciso acreditar na capacidade deles de vencer os obstáculos, mesmo aqueles que eles mesmo criaram para si.
Agora preciso aprender a me respeitar...me amar...e também acreditar na minha capacidade de vencer (vencer a mim mesma e tudo de mal que criei para mim).
B. A


2 comentários:

  1. Ola Bya. Quero te dizer que sei exatamente o que você passa, pois, também fui abusada pelo meu pai durante anos.Hoje tenho 33 anos, e mesmo não convivendo mais com esse homem horrível que eu tenho como pai, ainda sinto muito medo dele. Quero te dizer que Deus ainda tem muitas bençãos para nos dar. Te desejo toda a felicidade do mundo.Beijos

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    1. Patricia, muita força...fé...e esperança para você. Abraço carinhoso!!!

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