segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

29.12 2014

Apos escrever a última postagem, reli todo o blog. Foi incrível ver e perceber que os assuntos dominantes foram a família e a saúde física e emocional. E também foi uma grande vitória perceber o quanto cresci emocionalmente, através de um simples ato de escrever.
Depois que pensei e coloquei para fora certas coisas e tive coragem de admitir que sim...esse Natal foi o pior da minha vida...e que sim, cogitei o suicídio, me sinto bem melhor...menos "entupida". É triste olhar a comida e não conseguir comer. E triste estar "caindo" de sono e não conseguir adormecer. E o pouco que durmo, só tenho pesadelos. Mas essas duas questões terei de resolver aos poucos e com muita paciência. Melhorar a qualidade da comida e ler livros edificantes antes de dormir. Não adianta me entupir de remédios ou vitaminas. Eu sempre fui mais naturalista...
Mas o mais importante foi colocar ponto final em cinco situações e estou me sentindo maravilhosamente bem com isso e muito aliviada. Não...não sou bipolar. Apenas guardei por tanto tempo os ressentimentos que fiquei seca por dentro, sem me amar e respeitar e sofrendo todas as consequências que isso traz. 
O primeiro ponto final que coloquei foi a mágoa que sentia do meu pai. Não somente pelo abuso físico, mas principalmente pelo emocional. Ele foi um verdadeiro psicopata, que acabou com a minha vida. Mas posso e devo reconstruí-la. Não é por ninguém...é por mim mesma. Ainda sonho com ele praticamente sempre que durmo. Mas terei de conviver com isso, pois não mando no sono e nem nos sonhos. Até que ponto vale a pena entupir-se de soníferos. As pessoas que sabem que estou a procura desse remédio estão assustadas, pois ele é muito forte e é usado como anti operatório. Rivotril não me faz dormir e se eu misturar com a cerveja não sinto nenhuma diferença...mas é se conseguir comprar esse? E se na força do hábito eu misturar? Meu pai não vale a pena...Ponto final nele!!!
O segundo e o terceiro pontos finais foram a minha irmã e minha mãe. Chega de desprezo...de humilhações...de agressões verbais. Desde que me afastei definitivamente das duas sinto um alívio enorme e uma certa paz. Passei um verdadeiro inferno emocional para chegar nesse ponto e consegui. Cabe a mim manter esse distanciamento. Afinal de contas como uma pessoa (irmã), mulher de 36 anos...casada...ainda acha que o pai foi um "santo". E como uma mãe pode ter sido tão omissa...sabendo do abuso e de tudo e ainda me tratar a vida toda como um lixo. Não, não mereço isso. Sempre, apesar de tudo, amei muito as duas. Mas agora chega...ponto final nas duas!!!
O quarto ponto final foi o meu casamento de 21 anos. Sei que o meu ex marido não quer mais se separar, mas o estrago já foi feito. E eu que não sou de prazos, dei um prazo generoso a mim mesma de dois anos e meio (quando completo 50 anos) e quando...além de ter esperanças que os meus filhos estejam encaminhados na vida...também irei encaminhar a minha. A cidade que mais amo no Brasil é Ouro Preto, MG. Ela tem uma boa estrutura e uma ótima Universidade. Voltar a estudar e mudar totalmente de profissão. Morar sozinha...ser responsável totalmente por mim mesma. E por que não? Quem sabe encontrar um homem...namorado...amante sem nenhum compromisso. Apenas tentar ser feliz!!!
E o quinto e último ponto que coloquei foi em certas amizades, ou melhor...pessoas que diziam e agiam como se fossem meus amigo e depois que eu servi o propósito, saíram fora. Ou aquelas que me procuraram...fiquei feliz com isso...e depois caíram fora. Isso dói e muito. Eu ia escrever mais sobre esse assunto, mas sei que vou ficar triste, então fica para uma postagem futura. Nunca fui idiota, mas sempre fui fraca em ceder. Ponto final nas pessoas que me fizeram sofrer a decepção de uma plena confiança e esperança!!!
Sempre contei um ano novo através do meu aniversário, porém dessa vez vou mudar...vais ser na virada do ano mesmo. Alias, sempre me dei bem com anos ímpares. Não que eles me dessem sorte...mas me deram motivos para lutar.
E que eu consiga manter as decisões tomadas e, aos poucos e sem pressa, tentar me encontrar no meio desta escuridão e tempestade.
B.A


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