terça-feira, 14 de outubro de 2014

14.10.2012

Ontem o dia foi tranquilo, tirando o calor absurdo. Fui dar aula à tarde e me senti mal...tinha esquecido de comer. Aliás, com um calor de 42 graus simplesmente não tenho fome. Não consigo e nem tenho vontade de fazer nada: entrar na internet...ver TV...ler. Pareço uma pessoa que está no automático.
Minha filha voltou ontem de São Paulo. Foi ver a exposição do Castelo Rã Tim Bum no Museu de Imagem e Som, o musical "O Rei Leão" e visitar a família do meu ex-marido. Achei que ela estivesse finalmente mais ajuizada em relação a sua vida...porém me enganei.
Meu filho não quer nada com nada. Fica no computador o dia todo. Mas eu também parei de fazer as coisas por ele. Ele não está quase emancipado? Então que corra para alcançar a vida.
Conversei com o meu ex-marido ontem e conseguimos conversar numa boa. Disse a ele tudo que estava sentindo. Coloquei a magoa e a dor para fora. Dor de saber que mais uma vez joguei a minha vida fora por uma pessoa, que num momento de raiva, jogou pela janela 21 anos de união. Ele diz que é porque me ama, que quer me ver reagir. Mais uma pessoa que mostra aos outros que entende o que é a depressão. Mas se entendesse, teria percebido o quanto estou mal...sozinha...e de quanto precisava dele nesse momento tão difícil para mim. Por causa do seu orgulho, sua família acha que não sou ninguém. Sustentei por anos a nossa família e em todas ocasiões sempre fiquei ao seu lado...mesmo não concordando com a situação. Ele também cuidou e muito de mim. Fifty a fifty. Só que agora ele vai continuar com sua família e seus amigos. E eu, por causa dele, briguei com a minha e perdi a única amiga que tive nesse mundo real, o qual o virtual não substitui. E isso dói e por isso sinto-me traída. A dor e a indignação já passaram (por isso estou conseguindo escrever). Para uma pessoa que me ligava só para dizer que me amava e ouvir a minha voz, quem saiu perdendo foi ele que não soube reconhecer o meu amor. Já disse que o amor possui várias vertentes...amor não é somente a paixão. Não pretendo me envolver tão logo com outra pessoa e muito menos desejo um outro casamento. Mas com o tempo espero recuperar a minha auto confiança e estima, e com isso encontrar um homem que me valorize mais.
Continuo tendo pesadelos e dormindo mal. Quando finalmente resolver o divórcio e a situação dos meus filhos (o que com certeza deve demorar um pouco), tenho certeza que a minha qualidade de vida melhorará.
B.A

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