domingo, 12 de outubro de 2014

12.10.2014

Agora a situação está oficializada para toda família. Estou bem tranquila e esperançosa quanto ao futuro. Ele não está querendo conversar muito, mas procuro agir com calma e carinho. Durante mais de 21 anos fomos muito unidos e companheiros e não quero jogar fora essa amizade. A única coisa que pode estragar o meu sentimento é o seu orgulho.
Sexta feira conversei muito com o meu filho e também chorei muito. Resolvi aceitar a emancipação. Pelo menos estou vendo ele com mais responsabilidades e também ele percebeu que sair de casa, aos 16 e sem estudo, não ajuda muito. Se é isso que ele quer, então só posso desejar com o coração de mãe que seja muito feliz. E eu sempre estarei aqui para apoia-lo. Mãe é mãe.
Começo a fazer planos para mim...pelo menos em pensamentos. Antes, nem isso. Não será fácil, mas até agora a vida nunca foi fácil para mim!!!
Eu ia escrever sobre o meu pai, o quanto ele é responsável, juntamente com a minha mãe e minha irmã, por toda essa situação. Mas resolvi deixar para lá...não vale a pena...não vou recuperar o que perdi...e no fundo sei e já estou vendo as pessoas que me prejudicaram, pagarem por isso (colhemos somente o que plantamos).
Vou seguir em frente. Sei que estou deprimida, com baixa estima e fobia social. Também sei que isso não vai sumir de um momento para outro, assim como a minha ansiedade e problemas de saúde. Mas vou tentar não desistir de mim mesma. Continuar dar minhas aulas...tentar colocar casa em ordem.
No fundo, a plena verdade é que estou aliviada em terminarmos o nosso casamento. Estou com esperanças de coisas novas...muitas delas não consigo ainda admitir para mim mesma. E estou feliz por ele, pois não sou mais mulher para ele e isso me deixava altamente deprimida e culpada. Pelo menos, resolvendo a questão sexual, sinto-me menos culpada. E também isso não quer dizer que vou me fechar para vida...Ao contrário, vou procurar viver melhor, mesmo sabendo que não será fácil.
B.A

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