quarta-feira, 10 de setembro de 2014

10.09.2014

Estou melhorando aos poucos. Dessa vez, a crise no coração foi bem forte. Ainda sinto dificuldade para respirar, a ansiedade voltou e, às vezes, sinto dor no coração. Porém estou calma, cuidando melhor de mim. Tirando a parte da cerveja...que piorou e muito...tenho me poupado mais. E isso está fazendo uma grande diferença.
Também estou mais relaxada em relação aos meus filhos. Minha filha teve problemas de saúde e já está melhor. Só que agora chegou a ansiedade dela por causa dos exames finais e os vestibulares. Ela escolheu duas ótimas universidades: USP e UNICAMP. Mas é claro que sente a pressão, apesar da gente estimula-la ao máximo e não fazer cobranças. Também já vou começar a providenciar sua ida para a Austrália, ver primeiro se realmente poderá ser recebida e orientada pelo primo do meu marido e caso sim, providenciar a documentação. Vai fazer bem a ela...desenvolver o inglês e conhecer pessoas novas. Queremos que ela trabalhe ou estude e que viaje bastante. Por causa de tudo que passei e, indiretamente, meus filhos passaram também ela, por dois anos ficou totalmente isolada e sem sair de casa. Precisou tomar remédios e recebeu muito carinho e compreensão da gente. Perdeu dois anos no colégio...mas recuperou um e se esforçar, se forma esse ano com 18 anos. Nada tão trágico...
Meu filho também sofreu as consequências da psicopatia do meu pai e a agressão verbal da minha mãe comigo. Ainda vejo nele aquele doce menino, apesar das mudanças físicas e emocionais. Está mais agressivo, come mal e está muito alto e magro, precisando tomar vitaminas. Só quer saber comer carne e porcarias. Ainda assim tento faze-lo comer salada e legumes misturados com a comida. Mas nos últimos dias ele está se alimentando muito mal.
Meu filho queria ser militar e jogava rugby. Precisou abrir mão das duas coisas, pois não pode fazer certos tipos de exercícios por causa do tumor. E é muito frustrante para ele. Ele mudou radicalmente: está deixando o cabelo crescer...colocou um piercing no nariz...está usando um gorro. Eu não gosto, mas respeito o momento dele. Foi difícil conter a fúria do marido por causa do piercing ( nem eu sabia, chegou em casa já com ele posto). Também começou a ter relações sexuais, fato muito importante para ele...já que tinha muito medo de ser impotente por causa do tumor. E conseguiu numa boa, só um pouco incomodado, mas feliz. Nesse final de semana achei muito bacana como ele e o meu marido se relacionaram...numa boa...com muito carinho...sem brigas. E isso me fez um bem enorme...deu-me muita paz.

SIM, os filhos também são atingidos pelo abuso sexual e pela violência emocional. Principalmente pelo meu pai, que os ameaçava indiretamente. Mas essa história fica para amanhã.
B.A
(Como sempre fiz alguma besteira e o texto foi publicado de uma maneira diferente...)

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