quinta-feira, 3 de julho de 2014

03.07.2014

Passando rapidamente os olhos pelo que escrevi, percebi que dos quatro textos que deletei sem querer, o mais importante foi sobre a minha irmã. Contei sobre esse diário ao meu marido, que achou uma ótima ideia. Ontem ele mesmo percebeu que estavam faltando alguns dias e me recomendou que copiasse cada texto e colasse no WORD. Ele disse que acha importante eu reler (não tenho esse hábito) o que escrevi pelo menos uma vez por mês, para ver as minhas conquistas...o crescimento emocional e espiritual...e aquilo que eu ainda não consegui alcançar. Realmente, fazer reflexão é sempre bom. Enfrentar de frente as falhas também. Ficar feliz com as conquistas é ótimo (pena que a minha estima não permite eu viver esses momentos de felicidade).
Ontem deixei meu filho passar o dia fora e dormir na casa de um amigo. Parece que ele teve um dia maravilhoso e ele estava tão feliz que me disse várias vezes (ao telefone) o quanto estava se divertindo...o quanto foi importante eu confiar nele...o quanto me amava...e que ia fazer de tudo para reverter a situação no colégio. Apesar de saber que ele e os amigos fizeram "besteira"...rs...ainda assim estou feliz, pois ele está.
Eu e minha filha ficamos em casa, ela no computador e eu na TV aqui na sala. Ela não estava bem por causa da sinusite, mas cuidei dela...ela se alimentou bem e foi medicada. O dia foi tranquilo.
Só um momento que me aborreceu muito. E é por causa dele que estou agora aqui, às quatro horas da manhã, escrevendo. Porque senti tanta raiva...ressentimento, que na cama os pensamentos não me deixavam em paz. Preciso colocar para fora não através dos pensamentos que são um círculo vicioso...mas ao escrever e depois espero me sentir mais aliviada e esquecer.
Porém, algumas vezes me pergunto (e sei que sim) se tenho o direito de sentir raiva...ressentimento. Durante 41 anos fiquei literalmente calada, guardando o medo e o segredo sujo somente para mim. Nunca senti raiva pelo meu pai ou minha mãe e tentei relevar os sentimentos negativos sobre minha irmã. Talvez, se eu estivesse explodido feio e de vez, as coisas seriam diferentes. Hoje em dia, sinto a falta de respeito por parte da minha mãe e minha irmã (e o desprezo total da mesma). E isso dói, já que quase tudo (emocionalmente e materialmente) ela possui graças ao meu sacrifício...Ela, uma mulher de 35 anos é bem mais mal resolvida que eu. Altamente egoísta e mesquinha...não conseguiu evoluir na profissão (tem até o pós doutorado) e emocionalmente falando, é totalmente instável. Está faz quatro anos com um rapaz oito anos mais novo que ela (o qual eu gosto, pois vejo que ele realmente ama a minha irmã), porém nunca conseguiu ter relações com homens mais velhos...faltou a maturidade emocional. Sempre quis ter filhos, até os nomes eles já tinham e agora, o namorado dela (que é oito anos mais velho que a minha filha) disse para as "crianças" que ele queria sim ter filhos, mas ela não quer. Claro, ter filho requer responsabilidade, coisa da qual ela foge sempre (até a cachorrinha dela sempre está com a minha mãe).
Fiquei muito chateada pelo que houve, mas agora...ao escrever...sinto-me mais aliviada. Fiquei mais chateada ainda pelo sentimentos de raiva e de ressentimento, que raramente sinto...pois sou uma pessoa que diz na hora os sentimentos e isso ajuda a não acumular mais dentro do coração. Mas realmente estou me sentindo bem melhor. Vou ver TV e esperar minha filha acordar e meu filho ligar para saber dos planos dele...
B.A
















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